Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada na terça-feira (22) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
Entre os políticos citados aparece o nome do pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco pelo DEM, Tião Bocalom. O democrata teria recebido R$ 400 mil para a campanha eleitoral de 2014, onde disputou o governo do Estado do Acre.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro.
As planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados ainda Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
Tião Bocalom negou qualquer tipo de ligação com a empresa Odebrecht e afirmou que faz questão que a situação seja esclarecida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
“Nunca recebi esse dinheiro e faço absoluta questão que esta situação seja esclarecida. Fiz uma campanha difícil, claro que não tivemos uma quantia tão alta na campanha de 2014”, disse.
Com informações do UOL
Veja a lista de políticos na contabilidade da Odebrecht: