“Agressores violentam adolescentes até ele morrer e depois riram”, diz agente

IML aguarda para levar corpo de adolescente para exames

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Os secretários de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, de Direitos Humanos, Nilson Mourão, e o diretor-presidente do Instituto Sócio Educativo (ISE), Rafael Almeida, reuniram-se em coletiva na manhã deste sábado (16) para falar sobre a morte do adolescente Daniel Barbosa Matos, de 17 anos, dentro de um alojamento do Centro Socioeducativo Aquiry, em Rio Branco. Daniel, que dividia o alojamento com outros três menores, foi espancado até a morte.

Segundo informações de agentes, no início da manhã de sexta-feira (15) a vítima teria se desentendido com outro adolescente, que foi remanejado do alojamento. A vítima e os outros três companheiros, acusados pelo espancamento, permaneceram durante todo o dia em clima harmonioso, até que por volta das 18h50, logo após a janta, Daniel Matos começou a ser espancado pelos agressores, que tem entre 16 e 17 anos.

Um socioeducador, que pediu para não ser identificado, afirmou que durante conversa com os agressores, eles revelaram que primeiramente bateram várias vezes com a cabeça da vítima no chão até o adolescente ficar desacordado e logo em seguida passaram a espancá-lo com socos, chutes, além de pisoteá-lo na cabeça.

“Eles falaram como se o crime que cometeram fosse a coisa mais normal do mundo. Quando o colega ouviu o barulho e foi até o alojamento onde aconteceu o homicídio, os jovens agressores estavam rindo. Um absurdo total”, disse o socioeducador.

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Nilson Mourão declarou que lamenta o ocorrido e que o governo é solidário à família da vítima

O diretor-presidente do ISe disse que membros da Corregedoria do ISE permanece na unidade para colher o máximo de informações sobre o caso.

“Hoje nossa Corregedoria, juntamente com a equipe técnica, permanece na instituição dialogando com os adolescentes, com a equipe de segurança, verificando todo o material de vídeo para poder apurar com precisão o que de fato aconteceu”, disse Rafael Almeida, enfatizando ainda que o adolescente chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu à gravidade das agressões.

“Os agentes ouviram os gritos, ouviram os garotos chamando, foi o momento em que eles interviram. Apesar da fatalidade, a equipe foi ágil e evitou que algo ainda pior acontecesse”, comentou.

De acordo com o diretor, a vítima cumpria medida socioeducativa pelo crime de tentativa de homicídio, já os menores agressores tinham o mesmo perfil que ele e respondem aos atos infracionais de homicídio, tentativa de homicídio e assalto.

Nilson Mourão declarou que lamenta o ocorrido e que o governo é solidário à família da vítima.

“Nós esperamos e temos a segurança que o procedimento administrativo e criminal estão sendo conduzidos. A secretaria de Direitos Humanos vai se responsabilizar e dar o acompanhamento social e psicológico à família”, afirmou.

O secretário Carlos Flávio Portela disse que, ao tomar conhecimento do fato, encaminhou equipe de peritos para analisar todo o local do crime.

“Assim que tomamos conhecimento do fato, encaminhamos uma equipe de peritos para os procedimentos legais. Imediatamente, foi instaurado inquérito policial para apurar responsabilidades e punir aqueles que cometeram o crime”, enfatizou o secretário.

Em uma conversa informal com agentes socioeducativos da unidade Aquiry, eles revelaram que os envolvidos na morte de Daniel Matos são acostumados a causar tumultuo dentro da unidade, inclusive, em determinadas ocasiões, já partiram foram para o enfrentamento com os socioeducadores.

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