Apesar das prisões de líderes de facções no Acre, o crime organizado se ramifica, diz secretário

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Políticos e autoridades da Segurança participam de audiência sobre violência/Foto: Contilnet

Na tarde desta quinta-feira (31) foi realizada uma audiência pública sobre a Segurança no Estado do Acre. O evento, que aconteceu no auditório da Secretaria da Fazenda, reuniu parlamentares e autoridades da pasta da Segurança. A audiência teve como finalidade discutir as ações de combate à violência em todo o Estado e debater assuntos de interesse público referentes às medidas de Segurança.

De acordo com o presidente da Comissão de Segurança Pública da Aleac, deputado Heitor Junior (PDT), diversas ações estão sendo implementadas para o combate ao crime. “Nós temos ações sendo implementadas pelas forças de Segurança. Não é só pela secretaria, mas pelas polícias civil, militar e Corpo de Bombeiros. Então essas forças organizadas estão combatendo a violência”, completou o presidente.

Em outubro do ano passado, o Acre viveu momentos de terror com os ataques por meio de facções criminosas que desencadeou incêndios a ônibus e carros. Os ataques foram uma resposta à morte de dois assaltantes que faziam parte das facções criminosas que comandam os presídios do Estado, como PPC e Bonde dos 13. Desde então as forças policiais do Estado intensificaram as ações de combate ao crime, que resultou, na época, na transferência de quinze líderes de facções para presídios federais.

Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil do Acre, com o apoio do Ministério Público, deflagrou a “Operação Fim da Linha”, que cumpriu 165 mandados de prisão e 35 de buscas e apreensão nas cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Manuel Urbano, Senador Guiomard, Porto Acre, Bujari e Acrelândia.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Ermilson Farias, essa operação está ligada ao combate ao crime organizado. “A operação tem ligação aos ataques que ocorreram no último outubro, e hoje durante a ação, prendemos 155 pessoas no Estado, com mais quarenta mandados de busca e apreensão que foram efetuados só nesta quinta-feira. A operação ocorreu em sete municípios do Acre com repercussão nos Estados da Bahia e Goiás. Trata-se de uma organização criminosa que coordenava roubo, furto, tráfico de drogas e homicídios”, relatou o secretário.

Ermilson Farias ressaltou ainda que o fato das prisões dos 15 líderes de facções não quer dizer que as organizações criminosas tenham acabado no Estado, mas que as forças policiais estão trabalhando no combate ao crime para garantir a segurança da população acreana. “É claro que o crime busca uma janela, uma porta para se reestruturar, ela vai se ramificando, mas a cada momento que tentar se reestruturar e criar tentáculos nós vamos estar atentos e prontos para fazermos o enfrentamento como fizemos no dia de hoje”, completou.

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