Com estoque vazio no Huerb, família compra curativos para homem que teve perna amputada

Materiais foram comprados pelo amigo da vítima em uma farmácia/Foto: ContilNet

Materiais foram comprados pelo amigo da vítima em uma farmácia/Foto: ContilNet

Uma denúncia feita à ContilNet na manhã desta sexta-feira (29) apontou a falta de materiais básicos para curativos no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O construtor Arlindo Garcia de Souza procurou a reportagem para falar da compra de materiais que a família do freteiro Fladinir Pinto do Nascimento, 41, teve que fazer para cuidar dos ferimentos causados por um acidente de moto, onde a perna da vítima teve que ser amputada.

Inconformada, a esposa da vítima, a dona de casa Idelvania Mendes de Araújo, que o acompanha atualmente no leito do hospital, disse que quando o seu esposo chegou ao Huerb no ultimo sábado (23), com sangramento e forte dor. Segundo ela, não havia soro suficiente para lavar o ferimento e, os dois últimos frascos que precisam ser usados em mais três pacientes.

A esposa disse, emocionada, que ficou sem saber o que fazer quando foi comunicada sobre a falta de materiais/Foto: ContilNet

A esposa disse, emocionada, que ficou sem saber o que fazer quando foi comunicada sobre a falta de materiais/Foto: ContilNet

“Quando chegamos aqui não tinha soro suficiente e nem algodão para lavar e enxugar a perna do meu esposo. Viemos de Envira (AM) para cá e não conseguimos o material no mesmo dia. Tivemos que entrar em contato com um amigo da família para nos ajudar com a compra deles”, disse a mulher.

O casal saiu do município de Envira, onde moram atualmente, encaminhados pelo hospital da cidade.

Quando a reportagem chegou ao local, o amigo da família havia comprado matérias como algodão, gases e frascos de soros fisiológicos para fazer a limpeza dos pontos da cirurgia e os curativos diários necessários.

Arlindo afirmou que está decepcionado com o descaso que se encontra o hospital, e disse que espera que a direção tome alguma providência.

“Não sei como ainda vão para a televisão falando de alguns políticos, e afirmam que a nossa saúde é uma das melhores do Brasil. Se isso aqui é saúde de primeiro mundo, nós estamos numa situação deprimente e deplorável”, disse o empresário e amigo da vítima.

Ao entrar em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde, a direção do Huerb negou a falta de materiais, e disse que ainda na manhã da última quinta-feira (28) algumas cargas de soros e outros materiais chegaram ao hospital.

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“Se isso aqui é saúde de primeiro mundo, nós estamos numa situação deprimente e deplorável”, disse o amigo da vítima/Foto: ContilNet

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