O termo calmante já não é tão utilizado pelos médicos, que se referem aos medicamentos de forma mais específica. “Há três tipos: indutor de sono, ansiolítico e estabilizador de humor”, explica o neurologista Rubens Wajnsztejn, da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNi).
O primeiro, como o nome sugere, ajuda a criança a entrar na fase inicial do sono e só costuma ser prescrito em casos extremos de dificuldade para dormir. O ansiolítico é indicado para quem apresenta manifestações exacerbadas de irritabilidade, ansiedade e fobia. Por fim, o estabilizador auxilia na redução de oscilações muito acentuadas de humor.
Nunca é demais lembrar que todo medicamento deve ser receitado por um médico. E o mais importante é ter em mente que essas substâncias devem ser reservadas aos casos excepcionais. “Toda criança pode ser um pouco ansiosa, depressiva ou agressiva. É preciso apenas observar, com a ajuda de um profissional, se algo extrapola o que é esperado para a faixa etária dela. Crianças de 3 a 5 anos, por exemplo, fazem birra mesmo”, comenta o neuropediatra Antônio Carlos de Farias, do Hospital Pequeno Príncipe (PR).