Líder do Irã diz que Estados Unidos tentam sabotar acordo nuclear

(L-R) Chinese Ambassador to the United Nations Wu Hailong, French Foreign Minister Laurent Fabius, German Foreign Minister Frank Walter Steinmeier, European Union High Representative for Foreign Affairs and Security Policy Federica Mogherini, Iranian Foreign Minister Javad Zarifat, Russian Deputy Political Director Alexey Karpov, British Foreign Secretary Philip Hammond and U.S. Secretary of State John Kerry arrive for nuclear talks at the Swiss Federal Institute of Technology in Lausanne (Ecole Polytechnique Federale De Lausanne) in Lausanne April 2, 2015. Iran and world powers reached a framework on curbing Iran's nuclear programme at marathon talks in Switzerland on Thursday that will allow further negotiations towards a final agreement. REUTERS/Brendan Smialowski/Pool

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O líder supremo iraniano, Alí Jameneí, disse que os Estados Unidos estão tentando “sabotar” o acordo nuclear firmado entre o Irã e diversos países e que Washington só se comprometeu “no papel”.

Durante um encontro com trabalhadores iranianos, Jameneí, líder máximo político e religioso do Irã, afirmou que, apesar dos acordos nucleares, a “hostilidade” contra o Irã por parte de Israel e dos Estados Unidos continua “a colocar obstáculos” ao desenvolvimento do país e que, por isso, “a desconfiança” em relação a Washington permanece, segundo as notícias publicadas por jornais.

Jameneí referiu-se aos obstáculos que ainda impedem os bancos iranianos de operar fora do país e, particularmente, à recusa das entidades financeiras europeias trabalharem com o Irã, por medo de alegadas sanções dos Estados Unidos.

O líder iraniano acusou os Estados Unidos de impedirem o comércio internacional com o Irã, apesar dos acordos assinados. “No papel, os americanos dizem que se pode trabalhar com o Irã”, mas “na prática agem de forma ‘iranofóbica’”, para impedir qualquer comércio com o país, afirmou.

Na semana passada, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano em Nova Iorque, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou que nenhum banco não norte-americano será autorizado a trabalhar com o país.

No início de abril, a vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, visitou Teerã e afirmou que a União Europeia vai agir para que os bancos europeus trabalhem com o Irã, sem medo de represálias norte-americanas.

Mogherini reconheceu que o Irã deve ter os mercados financeiros mundiais abertos enquanto cumprir o acordo nuclear que foi assinado e que levou ao levantamento de sansões internacionais e da Organização das Nações Unidas – ONU.

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