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Pai denuncia que médicos se negaram a fazer cesárea e bebê morre em maternidade da capital

Por Redação COntilnet

Criança demorou pra nascer e morreu, denuncia pai

Criança demorou pra nascer e morreu, denuncia pai

Nos últimos meses aumentou consideravelmente o número de denúncias e registros de Boletins de Ocorrência policial contra profissionais plantonista da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, relacionados a acusação de negligência e demora em auxiliar na hora do parto, culminando com a morte dos bebês.

Na noite de quinta-feira (28), o motorista Leonor Oliveira, 32 anos, registrou na Delegacia de Flagrantes (Defla), um Boletim de Ocorrência contra a equipe plantonista da Maternidade Barbara Heliodora em que o trabalhador acusa de responsáveis pela morte do filho durante complicação no parto da sua esposa, Cassia Cristina Sousa Costa, 22 anos.

De acordo com informações do trabalhador, Cassia teve a bolsa estourada na terça-feira (26), quando foi levada às pressas para a Maternidade.

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Segundo Leonor, desde o dia que a mulher chegou foi deixada em uma sala de pré-parto e lá permaneceu sofrendo dores até a noite desta quinta-feira (28), quando os médicos decidiram realizar o parto através de uma cesariana, porém foi tarde, pois a criança já estava morta.

O pai denuncia que a mulher não tinha condições dar à luz a criança de parto normal, mas a equipe médica forçou até a criança morrer.

Minha esposa pediu para realizarem a cirurgia antes/Foto: ContilNet

“Isso foi negligência, eles ganham mais pelo parto normal e estão matando nossos filhos aqui dentro. Esses médicos estão confundido parto humanitário recomendado pelo Ministério da Saúde, com matança descontrolada. Vou às últimas das consequências, e não adianta dizer que vão investigar se houve ou não negligência, essa desculpa é antiga. Quantas mulheres e quantas crianças morreram e até agora ninguém assumiu erro. O que eles querem é dinheiro, porque o valor de um parto normal é superior ao parto cesariana, ou seja, a vida vale uns centavos a mais ou a menos” desabafou o trabalhador.

Leonor conta ainda que sua esposa reclamava de forte dores e pediu que os médicos realizassem uma cesariana, mas não foi ouvida pela equipe médica.

“Ela reclamou que estava sentindo fortes dores desde terça-feira, e chegou a pedir que os médicos realizassem a cirurgia, mas eles disseram que não precisava. Após resolverem fazer a cesariana, o médico comunicou que o bebê estava morto”, disse.

A direção da maternidade foi procurada na manhã desta sexta-feira (29), mas até o fechamento desta edição não havia se pronunciado sobre o caso. A assessoria da Secretaria de Saúde do Acre informou que marcará coletiva de imprensa para falar sobre o caso.

 

 

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