Não é porque a crise de água não sai mais tão frequentemente nas manchetes que o perigo já passou. O volume do Sistema Cantareira, principal que abastece a cidade de São Paulo, ainda está muito baixo (15,3%), enquanto o consumo de água por habitante cresce no país todo (de acordo com dados de 2013, são 166,3 litros por habitante por dia).
Crise da água: o pior ainda pode estar por vir
Que precisamos economizar, todos sabemos. O que quase ninguém sabe, no entanto, é que, apesar de ajudarem, certas atitudes (como tomar banhos mais rápidos, deixar de lavar calçadas etc) pouco melhoram o cenário caótico da falta de água.
Por quê? A resposta está nos alimentos
O que comemos representa no geral mais de 2/3 da água que gastamos do planeta, de acordo com a Grace Foundation, instituição norte-americana. Então, se realmente quisermos contribuir para o fim da crise, precisamos mudar nossos hábitos alimentares. De que forma? Passando a comer mais alimentos à base de plantas.
A produção de carne requer muito mais água que a de vegetais. Produzir 1 kg de carne requer entre 5.000 e 20.000 litros de água, enquanto 1 kg de trigo requer entre 500 e 4.000 litros de água.
A diferença é especialmente radical porque é preciso levar em conta a água que os animais bebem e a água usada para cultivar as plantas que serão sua alimentação durante muitos meses.
Não adianta tentar racionalizar uma desculpa para continuar comendo carne – por exemplo, dizer que vai comprar a carne que já está embalada no supermercado, uma vez que a água que foi gasta para produzi-la não poderá ser devolvida à natureza.
Se continuarmos comprando e consumindo carne, a indústria vai continuar a crescer e até aumentar sua produção no futuro. O melhor momento para mudar seus hábitos é HOJE.