22 de abril de 2024

Novos projetos de audiovisual receberão R$ 75 milhões

A produção de novos filmes e séries de televisão receberá novos investimentos de R$ 75 milhões. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciaram, nesta terça-feira (19), o resultado final daChamada Pública Prodav 06/2015 – Suporte Automático / Linha de Desempenho Comercial do Programa Brasil de Todas as Telas – Ano 2. O mecanismo premia empresas produtoras, distribuidoras e programadoras brasileiras independentes em razão de seu desempenho comercial. Clique aqui para acessar o resultado completo.

O Suporte Automático é estruturado em três módulos (Produção, Distribuição e Programação), e cada empresa dispõe de uma conta automática, na qual são catalogados os pontos relativos ao seu desempenho ou prática comercial: receitas de bilheteria e licenciamentos de obras. Na contabilização desses pontos, que se convertem em recursos financeiros, são valorizadas ainda algumas características da obra, como a localização da produtora.

No módulo Distribuição, seis empresas dividirão R$ 25 milhões: Downtown (R$ 8,6 milhões); Europa Filmes (R$ 6,3 milhões; Imagem Filmes (R$ 4,4 milhões), Vitrine Filmes (R$ 2,9 milhões), Reserva Nacional (R$ 1,9 milhão), e Paris Filmes (R$ 743 mil).

No módulo Produção, em que os titulares são produtoras independentes, R$ 35 milhões serão aplicados em novos projetos de 26 empresas que alcançaram maior pontuação. As três empresas mais bem colocadas nessa chamada pública são: Atitude Produções, responsável pelo sucesso de bilheteria “Meu passado me condena – o filme”, de Júlia Rezende (R$ 6,4 milhões); Fraiha Produções, de “Vai que dá certo”, de Maurício Farias (R$ 6,4 milhões); e Morena Filmes (R$ 3,9 milhões), produtora de “De pernas pro ar” e “De pernas pro ar 2”, de Roberto Santucci.

No módulo Programação, que premia as programadoras brasileiras de canais de televisão que mais investem na exibição de conteúdo nacional, os recursos, no valor de R$ 15 milhões, serão divididos por quatro empresas: Canal Brazil S.A, responsável pelo Canal Brasil, com R$ 7,3 milhões; Conceito A em Audiovisual, programadora do canal Cinebrasil TV, com R$ 4,7 milhões; Newco Programadora e Produtora de Comunicação, do canal Arte 1, com R$ 1,5 milhão; e Synapse Programadora de Canais de TV, que mantém o Canal Curta!, com R$ 1,3 milhão.

O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, destacou que “o suporte automático tem a virtude de valorizar o bom desempenho comercial e artístico das empresas do setor e agilizar a produção de novos filmes e séries de televisão pelas empresas premiadas”.

Como funciona o Sistema de Suporte Automático

Os mecanismos automáticos fazem parte de um modelo internacional de financiamento público à produção audiovisual. O modelo consiste na valorização do mérito das produtoras, distribuidoras e programadoras pelos resultados conquistados, permitindo que indiquem novos projetos a serem apoiados. Dessa forma, as empresas têm a possibilidade de planejar suas atividades e parcerias com mais consistência.

Para pontuarem no sistema, as obras devem ser classificadas pela Ancine como conteúdo audiovisual brasileiro independente apto a constituir espaço qualificado nas grades de programação dos canais de TV; dispor de Certificado de Produto Brasileiro (CPB) emitido há menos de sete anos; dispor de Certificado de Registro de Título (CRT) emitido e ter sido comercializada ou licenciada nos dois anos anteriores; e estar com informações atualizadas nos sistemas de dados da agência.

A pontuação de cada empresa é convertida em valores financeiros, segundo parâmetros estabelecidos pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual. Os recursos ficam disponíveis por até dois anos para investimento em projetos de produção independente aptos a constituir espaço qualificado, selecionados pelas próprias empresas. São elegíveis projetos de produção de longas-metragens, telefilmes e obras seriadas de ficção, animação e documentário.

Saiba mais sobre o Programa Brasil de Todas as Telas

O Programa Brasil de Todas as Telas, lançado em julho de 2014, pela presidenta Dilma Rousseff, foi moldado para atuar na expansão do mercado e na universalização do acesso às obras audiovisuais brasileiras. O Programa, uma ampla ação governamental que visa transformar o País em um centro relevante de produção e programação de conteúdos audiovisuais, foi formulado pela Ancine em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e com a colaboração do setor audiovisual por meio de seus representantes no Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA.

O resultado do primeiro ano do Programa superou as metas estabelecidas. Foram 306 longas-metragens e 433 séries ou telefilmes apoiados. A aposta no investimento em desenvolvimento de projetos também foi bem-sucedida, rendendo a estruturação de 55 núcleos criativos em todas as regiões do País e projetando o desenvolvimento de 620 projetos.

O Programa Brasil de Todas as Telas – Ano 2 foi lançado no dia 1º de outubro de 2015, no Rio de Janeiro, em cerimônia com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, garantindo a continuidade de uma política pública vigorosa para o audiovisual brasileiro. Na ocasião também foi apresentado o Calendário de Financiamento da Ancine, cronograma oficial de lançamento dos editais geridos pela Agência até dezembro de 2016, possibilitando aos agentes econômicos um melhor planejamento das ações relativas à gestão de sua carteira de projetos.

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