O líder do PP na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Ghelen Diniz, afirmou durante a sessão desta quarta-feira (22) que não descarta a possibilidade de ingressar com uma ação no Tribunal de Justiça do Acre para garantir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar a venda ilegal de casas populares construídas com recursos federais.
Ghelen afirmou que pretende consultar cada membro da oposição, os demais sete deputados que assinaram o requerimento, sobre a possibilidade de impetrar um mandado de segurança que assegure a instauração da CPI, haja vista que o grupo possui assinaturas de 1/3 dos deputados.
“Se entrarmos com a ação, ela será coletiva, uma ação movida pela oposição. Tenho lido o regimento interno e temos entendimento diferente da Mesa Diretora com relação a algumas questões. Não está descartada a possibilidade de ingressarmos com um mandado de segurança que assegure a instauração da comissão”, disse.
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Como orador aparteante do discurso de Ghelen, o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) se colocou à disposição para assinar a futura ação que será impetrada perante a Justiça acreana e afirmou que considera absurdas as manobras para barrar a CPI.
“Desde já me coloco à disposição para assinar. Temos sim que entrar com uma ação no Tribunal de Justiça. O governo tenta barrar, mas não entendo o motivo, pois se eles dizem que não devem nada, e não teriam motivo para temer”, discursou Gonzaga.
O discurso de Ghelen veio um dia após a o requerimento apresentado por ele solicitando a instauração da CPI ter sido derrotado por 15 votos a 8. Na ocasião o deputado oposicionista reclamou que o polêmico pedido tenha sido votado em um dia em que não havia presença da imprensa nem de populares na Aleac.