No intuito de entender os dados passados à redação, de que 100% dos afluentes do Rio Acre, assim como dos igarapés Judia e São Francisco, estão contaminados por agrotóxicos, agroquímicos, esgoto humano e lixo, a ContilNet resolveu investigar a real gravidade do problema e debater com um especialista na área, os impactos sociais e possíveis soluções para o problema.
A reportagem foi conferir in loco, a poluição em pontos de extrema importância para a cidade de Rio Branco. Os problemas encontrados são de grave impacto ambiental e acabam resultando num eventual desabastecimento de água da população, bem como na destruição de todo um ecossistema dependente dessa fonte.
Os igarapés São Francisco, Judia, Redenção, Fundo, Dias Martins e Batista são alguns dos visitados. Os espaços apresentam elevado índice de contaminação por detritos tóxicos e lixo.
Para o ambientalista Claudemir Mesquita, especialista nas bacias hidrográficas da Região Amazônica e do Acre, os igarapés estão sendo aterrados e soterrados pelo asfalto. Mesquita reforçou o descaso dos governantes, frente a política ambiental no estado.
“Não existe nenhum tipo de programa ou projeto para conter a poluição que domina os afluentes dos igarapés e do Rio Acre. Dizem que estão fazendo a recomposição de mata ciliar e outras atividades, mas isso não é visto. Então não estão fazendo nada, afinal”, afirmou especialista na área ambiental.
O especialista que se dispôs a contribuir com a reportagem, prometeu apresentar nos próximos dias, dados que demonstram as regiões dos rios e igarapés mais afetadas pela poluição. Claudemir ainda promete listar, os órgãos públicos que mais contribuem com a contaminação dos afluentes, assim como os bairros mais afetados pelo problema.
