Até uma hora dessas
Estou me afastando por alguns dias desta coluna que assino há quase 17 anos. Não vou ali apenas, como sempre escrevi quando me afastei algumas vezes para tirar uma semana de férias, ou dias de viagem. Dessa vez vou encarar uma parada federal, cujo possível sucesso depende da mão de Deus e das centenas de amigos que conquistei ao longo dessas quatro décadas de vida.
Fui a vida inteira estilingue, passo agora a ser vidraça. Já saquei que o campo é minado, mas não nasci para ser covarde. Não tenho medo, tenho lado. Nem todos me admiram, mas quase todos me respeitam. Tem gente que não tem nenhum, nem outro, mas vai para a mesma disputa assim mesmo. Então porque eu não vou? Fui.
Me coloco como pré-candidato a vereador esse ano se Deus assim permitir e a Justiça Eleitoral chancelar. Dos leitores, que não são poucos, nem muitos, mas sim de qualidade, vai ficar a saudade, mas a vida tem suas finitudes.
Sou um homem simples, mas matriculado nessa jornada. Já vi de tudo um pouco, inclusive a volta do anzol, um forró antigo, que ouvi no seringal lá em 1900 e muito, que diz: “o que é bom tá guardado”. Quem sabe a gente não acha essa coisa boa. Vou nessa, com a benção do Pai, do papai, da mamãe, dos amigos e até de alguns adversários, que reconhecem em mim um sujeito impertinente e interessante no processo político.
Um secretário do governador Tião Viana (PT), disse esses dias na minha cara: “Se a oposição tem que eleger alguém, tem que ser você, pela lealdade de tantos anos. Você não será um aproveitador nessa disputa porque tem lado”. Então lá vou eu, rumo ao desconhecido.
Até não sei quando!
As brincadeiras do Petecão
Quem convive com o senador Sérgio Petecão (PSD) sabe o quanto ele é afável. Não troca nada por uma boa piada. Quando ele chega em Rio Branco nem sair de casa consegue, de tanta gente para atender. Mas ele adora isso.
Dia desses disse a ele que se uma hora faltar gente na casa amarela, como chamamos a moradia dele, ali perto da TV União, no Conjunto Procon, o Petecão vai dar um passamento e morrer. O Petecão é tudo isso e mais um pouco. Não trata nenhum funcionário dele, como funcionário. Todo mundo é amigo íntimo, pela liberdade que dá. Só tem uma coisa que o Petecão não é: besta.
Ninguém vira senador da República se não tiver muita massa cinzenta na cabeça em franco funcionamento. E ele já teve mandato de tudo aqui no Acre, o que não é fácil. Por essa razão, esclareço que o senador conhece como ninguém a Corregedoria do Senado, que agora preside por escolha dos senadores, aliás, de 80 senadores.
Já andei com ele nos corredores do Senado e percebi o quanto é querido na casa. Então, qualquer outra notícia fora disso não passará de brincadeira, o que nem bate a passarinha do senador. Brincadeira é com ele mesmo, a não ser quando está tratando de assuntos de interesse do povo do Acre e do Brasil, em seu gabinete, ou então quando vai fazer um favor a alguém pouco favorecido na vida, como é acostumado a fazer, diferente de outros políticos.
Bem ao estilo Petecão de ser, como diz o Altino Machado e o próprio Ray Melo, dois de meus muitos colegas de jornalismo desde a época de Pôncio Pilatos.
Puxou ao pai
Empresário bem sucedido, Samir Bestene tem conseguido driblar a crise, mantendo dezenas de famílias empregadas. Puxou a verve de bom administrador do pai, o ex-deputado José Bestene, até hoje lembrado como um dos maiores secretários de Saúde que o governo do Acre já teve.
Mexeu com ela…
“Acho difícil alguém barrar a candidatura da Charlene Lima (PV) à prefeita de Sena Madureira. O cara que fizer isso vai prestar contas com o povo, que adorou essa ideia lá”. Assim disse o deputado estadual Nelson Sales (PV), em cuja cabeça grande está incutida a idéia de fazer da publicitária, prefeita daquele município.
Volta do Eber
Estavam discutindo hoje de manhã em uma roda de amigos, a volta do deputado Eber Machado (PSDC), à Frente Popular. Um dos fofoqueiros declarou: “Ele nunca saiu de lá.” Eber sempre foi leal ao governo, e vai apoiar a reeleição do prefeito Marcus Alexandre (PT). Tem que ser respeitado por isso, só estava chateado.
Nomes bons
Tem muita gente que não quer mais votar no PT, mas navega à deriva por ainda não ter um nome definido como opção na oposição. Mas desse lado da política no Acre, tem nomes interessantes: a Eliane Sinhasique (PMDB), o Raimundo Vaz (PR), o Bocalom (DEM), e o Francineudo Costa (PSDB). O povo haverá de escolher um deles, para centrar fogo.
Volta dos Barros
Dentista Bebeto Júnior, está trabalhando dia e noite em sua clínica dentária para nos próximos dias, dar uma parada e encarar a campanha eleitoral. Vai disputar a eleição pela Frente Popular e terá dois cabos eleitorais de peso: seu pai, o ex-deputado Roberto Filho, e a mãe, a ex-vereadora Lenice Barros.
Felicidade do Heitor
“Sou feliz porque minha luta salva vidas”. Frase do deputado Heitor Júnior (PDT). Ele tem razão, é um abnegado pela causa da hepatite C no Acre.
Falem de mim!
Um desses pré-candidatos a vereador cometeu aquela, que pode ter sido a bobagem de sua jornada. Disse a um amigo meu que ele perderia o voto, ao depositar na urna o sufrágio em meu favor, por eu ser um sujeito liso, sem dinheiro. Primeiro: não contou nenhuma mentira, mas revelou que compra votos; segundo: irritou a família inteira, que agora decidiu seguir comigo em bloco.
As vendas continuam
Como estou me afastando, minha “imobiliária” vai perder esses tempos. Mesmo assim, se você tiver interesse em comprar, me ligue. 99922-2118 ou [email protected]