Pré-candidato critica cortes e diz que sonho de entrar na faculdade está ameaçado

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Jaidesson critica medidas adotadas pelo governo Temer

O pré-candidato a vereador pelo PCdoB Jaidesson Peres criticou as medidas do governo interino de Michel Temer (PMDB) que estão prejudicando os estudantes.

Segundo ele, as reformas anunciadas pelo governo do PMDB promovem cortes em programas como Prouni, Fies, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras, Programa de Bolsa Permanência, além de propostas ousadas como acabar com os gastos obrigatórios em educação e saúde para a União, estados e municípios.

Para Jaidesson, que foi líder estudantil e integra a União da Juventude Socialista (UJS), as medidas são retrocesso para as políticas públicas que geraram inclusão nos últimos anos e comprometem seriamente as metas do Plano Nacional de Educação, que prevê o investimento de 10% do PIB em educação.

“Primeiro, esse governo ilegítimo não poderia fazer reformas administrativas nem interromper programas até que o processo do impeachment se concluísse. Quanto aos cortes em programas tão importantes, estão prejudicando a vida de muitos estudantes pobres e que estão vendo o sonho de cursar uma faculdade ir por água abaixo, não conseguem se manter na universidade, estão tendo dificuldade para cursar fora um mestrado, doutorado”, destacou.

Jaidesson disse que o governo tenta combater a crise econômica tirando de quem mais precisa.

“A educação é um direito social nosso, foi ampliada e recebeu muitos investimentos, a exemplo dos royalties do Pré-Sal. O negro, o índio, o filho do trabalhador, entraram na faculdade. Mas o governo do Temer, com um ministro da Educação que prefere receber Alexandre Frota para discutir o ensino, está fazendo um desmonte no MEC, esvaziando os programas, e agora quer diminuir os investimentos mínimos que a Constituição estabelece”, concluiu Jaidesson.

A reportagem entrou em contato com a direção da Uninorte que informou que houve redução no número de vagas pelo Fies neste segundo semestre. De acordo com a direção acadêmica da instituição de ensino, quem libera as vagas é o Ministério da Educação (MEC), portanto essa redução já veio do ministério.

A direção da Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO) disse que os seus candidatos ainda não sentiram esses cortes por oferecer vestibular anualmente. Este ano, pela primeira vez, a instituição realizou vestibular no meio do ano para cinco cursos e foram oferecidas aproximadamente 60 vagas pelo Fies.

Ainda de acordo com informações da Faao, as faculdades que mais têm sentido essa redução são as que trabalham com regime semestral, ou seja, que realizam vestibular duas vezes ao ano para todos os cursos.

Já o pró-reitor de Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Acre (Ufac), Antônio Pontes Júnior, disse que no dia 11 de maio recebeu um comunicado da Secretaria de Educação Superior suspendendo novas inscrições para o Programa de Bolsa Permanência.

O programa do MEC é voltado para estudantes em vulnerabilidade socioeconômica dos cursos integrais, que têm mais de cinco horas semanais em todos os semestres.

Na Ufac, os cursos que foram afetados são principalmente medicina e enfermagem. Com isso, novos estudantes destes cursos não podem mais se inscrever neste programa (que ainda existe). Outros beneficiados, que são alunos indígenas e quilombolas, terão suas inscrições em dois momentos anuais.

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