Vivemos um Novo Tempo: Um Projeto Liberal para o Acre
Por Fernando Lage e Valdir Perazzo
“…o liberal rejeita a noção de igualdade de resultados, pois ele entende que homens não são insetos gregários. A única igualdade que o liberal deseja é aquela perante as leis”. O pensamento retro é a convicção do economista liberal Rodrigo Constantino, em artigo publicado no livro “Contra a Maré Vermelha – Um Liberal Sem Medo de Patrulha”.
O socialista/comunista tem fé diametralmente oposta. Quer uma sociedade igualitária, muito embora, os países socialistas sejam os mais desiguais. Os países que adotaram o socialismo, neles imperam desigualdade e a miséria, e apenas uma casta desfrutando de todos os privilégios. A Venezuela é hoje o exemplo frisante dessa realidade. Naquele país a pobreza chegou a tal ponto que falta até papel higiênico. Um modelo de fracasso do socialismo do século XXI, fazendo uso de uma expressão do Ditador Chaves, em seus momentos de delírios.
O Partido dos Trabalhadores repetia ad nausean que a oposição não tinha projeto. Nessa quase vintena de anos em que está no poder, acreditava que sua política (socialista/comunista), era a melhor para o país, muito embora seu aludido projeto fosse uma agenda oculta. Não o explicitava. Por pouco não chegamos à situação atual da Venezuela, que vive um caos político, econômico e social.
O fracasso do projeto socialista/comunista era previsível. Claro que, dizer isso quando se fazia uma farra com um dinheiro público ainda abundante, não se encontraria interlocutores. Todos, ou quase todos, ainda viviam uma fantasia. Mas, a realidade bateu à porta. O que se constata hoje, conforme documento “Uma Ponte Para o Futuro”, é crise fiscal e econômica, retração do PIB, alta inflacionária, juros elevados, desemprego crescente – há quem diga que já são quase 12 milhões de pessoas – paralisia dos investimentos produtivos e milhares de empresas fechadas.
Essa dramática realidade da sociedade brasileira, não é diferente no Estado do Acre. Os mesmos indicadores (negativos) do que ocorre na economia nacional, se reproduzem na comunidade acreana. O projeto que o Partido dos Trabalhadores advogava, e que o faz há quase vinte anos, não tem nenhuma sustentabilidade. A derrocada do projeto socialista, no plano nacional, provou que o projeto local (acreano), era um pálido reflexo do projeto para o país.
E aí? O que fazer? Insistir no erro não é a atitude mais prudente. Testamos um projeto socialista/comunista por quase uma vintena de anos aqui no Estado do Acre. Não deu certo. Emblemática é a troça que os acreanos fazem para realçar o fracasso do propalado projeto: “Se fecharem a BR 364 que liga Rondônia ao Acre, o povo fica sem comida”. Francis Fukuyama, autor do clássico “O Fim da História e o Último Homem”, ouviu Boris Ieltsin, em discurso dizer: “Por que inventaram de fazer essa experiência socialista logo com os russos”? Dar para se fazer uma paráfrase: Por que essa experiência socialista logo com os acreanos?
Pois bem. Ludwig Von Mises, notável economista da escola Austríaca, em seu livro clássico “Liberalismo”, publicado pelo Instituto Ludwig Von Mises do Brasil, afirma que ser anticomunista não é projeto. O projeto contrário é ser liberal. Ser antipetista não é projeto. Projeto é ser liberal.
Identificamos 04 (quatro) partidos no Estado do Acre que adotam o liberalismo como ideologia. Pode ser que haja outros. O Democratas é o herdeiro natural do PFL – Partido da Frente Liberal, que na sua própria sigla já se identifica a sua ideologia. Advoga o livre mercado e a valorização da propriedade privada. Seu líder maior hoje é o senador Ronaldo Caiado, que, desde os anos 80 defende o agronegócio e a livre empresa. No nosso Estado sob a liderança de Bocalom, hoje pré-candidato à prefeitura de Rio Branco.
O PR é o herdeiro natural do PL – Partido Liberal fundado pelo Diplomata Álvaro Valle, defensor intransigente da Liberdade, cujo pré-candidato à Prefeitura de Rio Branco é o combativo vereador Raimundo Vaz. Vaz ainda é apoiado por dois outros partidos liberais conservadores, que advogam os valores Cristãos e a instituição pedra angular do capitalismo: a Família.
Entendemos que esses 04 (quatro) partidos (outros podem se somarem), todos de cunho eminentemente liberais e defensores da propriedade privada, do livre comércio, da livre iniciativa, do livre mercado, da liberdade, do empreendedorismo, do mérito, do estado de direito, do livre negócio, dos valores da família, podem ser o núcleo, já agora concorrendo às eleições municipais da capital, para liderarem um projeto de salvação do Estado do Acre, libertando-o do atraso a que foi acorrentado, sob o pálio de uma ideologia tida como uma fé extinta – o socialismo.
Fernando Lage é
Suplente de Senador da República pelo DEM
Valdir Perazzo Leite é
Advogado e Defensor Público aposentado
