O setor de inteligência da Polícia Militar do Acre interceptou mensagens entre criminosos que estavam sendo enviadas via WhatsApp planejando a invasão do quartel da corporação no Quinari na noite da última terça-feira (21).
De acordo com trechos retirados das conversas, os criminosos avaliavam o quartel como alvo fácil e frágil em relação à quantidade de oficiais presentes na unidade.
Em contato com um oficial da Polícia Militar, que preferiu não ser identificado, este confirmou a existência da ameaça e aproveitou ainda para relatar a situação em que se encontram os quartéis da PM no estado.
“Vários quartéis não têm a segurança mínima sendo fornecida para a atuação dos oficiais. O que eles [criminosos] falam na mensagem de certa forma é verdade, existe realmente essa fragilidade na segurança e no quantitativo de oficiais nos quartéis ao redor do estado”, declarou.
O oficial não poupou críticas à ausência de investimentos por parte do governo do estado no setor de segurança, que, de acordo com ele, sofre com problemas que vão desde infraestrutura até o condicionamento dos equipamentos utilizados pela polícia.
“Quem tá lá dentro [PM] trabalhando vive todos os dias na tensão. O investimento por parte do governo não é suficiente. Um quartel lá em Porto Acre, por exemplo, tinha o investimento estimado em R$ 200 mil. Ao chegar [projeto] na Secretaria de Obras, foram feitos cortes, até sobrar R$ 80 mil para fazer duas salas pequenas. Tem munição nos nossos quartéis que nem funciona mais por já estar lá há tantos anos. Já houve casos do policial atirar, e a munição não funcionar”, denunciou o oficial.