O presidente regional do Partido dos Trabalhadores (PT), Ermício Sena, declarou, ao ser questionado sobre a possível indicação de Socorro Nery como pré-candidata a vice-prefeita de Marcus Alexandre (PT), que caberá ao próprio prefeito referendar o nome do vice que vai compor sua candidatura.
Sena reforçou ainda que, no caso da confirmação do nome da ex-pró-reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac) para compor a chapa, ela será recebida da melhor maneira possível.
“O PT já tem a cabeça da chapa e cabe aos partidos que fazem parte da coligação decidir por indicações do vice que vem compor a chapa. No entanto, os partidos deram total autonomia ao prefeito para que ele fizesse essa escolha. No caso da confirmação da professora Socorro Nery, ela será muito bem-vinda”, afirmou.
Quanto à autonomia citada por Sena, o presidente regional do Partido Humanista Social (PHS), Manoel Roque, rebate que essa discussão não tenha obtido o consenso de todos os partidos da coligação, admitindo até o possível rompimento do partido com a Frente Popular se a indicação de Neri chegue a ser confirmada.
“A postura do PHS é de protesto, deixando bem claro que não temos nada contra a conduta da professora Socorro Nery, que é uma pessoa de conduta ilibada, mas chegar no meio da festa e sentar ao lado do aniversariante não tem como”, declarou.
Roque expôs ainda opiniões sobre o prefeito Marcus Alexandre e a postura adotada durante a circulação de tais afirmações.
“O prefeito se deixou morder pela mosca do autoritarismo petista, porque esse nome tá se confirmando, e ele não se manifesta”, finalizou.
O dirigente aproveitou para explicar as razões pelas quais acha de certa forma injusta essa indicação de um vice proveniente do PSB, o qual, de acordo com ele, já teria representatividade demais na gestão atual do município e também do estado.
“O PSB tem diversas secretarias de estado, diversas secretarias do município, tem o segundo maior orçamento entre as secretarias municipais, que no caso é a Emurb, quer dizer, e a gente como fica?”
O presidente do PHS ameaçou com um possível rompimento do partido com a FPA caso a indicação seja confirmada e aponta nomes que, de acordo com ele, teriam maior simpatia e aceitação dos partidos que compõem a coligação.
“Caso seja confirmada essa indicação, o PHS pretende romper com a FPA. Nomes como o do ex-deputado Luiz Tchê (PDT), Pedro Longo (PSL), Diego Rodrigues (PRD) e até do próprio Daniel Zen (PT) têm mais aceitação da nossa parte, sendo esse último nossa preferência”, defendeu.