Estimamos que aproximadamente meia tonelada de drogas tenha entrado no sistema penitenciário acreano em 2015.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapac), Adriano Marques, protocolou na mesa diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) um ofício solicitando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades no sistema penitenciário acreano e as supostas dificuldades enfrentadas pelos agentes para trabalhar.
Adriano afirma que há muito tempo o sistema prisional acreano está em colapso e que, portanto, é preciso tomar providências para resolver a questão.
Ele destaca ainda que as condições de trabalho dos agentes são extremamente precárias. “O agente penitenciário tem sido sacrificado a ser às vezes médico, advogado, assistente social, psicólogo, dentista, enfermeiro e farmacêutico. Por outro lado, o governador faz vista grossa às precárias condições dos agentes penitenciários e aos próprios presos”, reclamou.
O sindicalista ressaltou que o trabalho dos agentes se torna mais difícil pela falta de condições estruturais do próprio sistema.
“Nenhuma unidade prisional possui body scanner. Estimamos que aproximadamente meia tonelada de drogas tenha entrado no sistema penitenciário acreano em 2015. Outra coisa é que nenhuma [unidade prisional] possui o número proporcional de agentes penitenciários para o de presos, sem contar que falta equipamentos para segurança também”, denunciou Adriano.