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Falta d’água leva detentos a incendiar pavilhão em presídio

Por Redação ContilNet

presidio francisco

Francisco de Oliveira Conde

Cerca de 300 detentos do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC) protestaram contra a falta d’água destruindo completamente o Pavilhão N nesta quarta-feira (22).

A rebelião começou por volta das 7 horas e foi contida por agentes penitenciários ao meia-dia. Por conta da confusão, as visitas íntimas foram suspensas causando outra revolta no lado de fora do complexo onde as esposas dos detentos fecharam as ruas.

O presidente da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre, José Janes, disse que os detentos não suportavam mais a falta de água que durava uma semana e por isso protestaram.

“Nós conseguimos convencê-los através do diálogo. Está faltando água em toda a região por conta de um problema na Estação de Tratamento do Saerb. Depois de muita negociação e o fornecimento de água mineral pelo governo do Estado a rebelião foi suspensa”, comentou Janes.

Uma vez contida a rebelião, o Corpo de Bombeiros teve que entrar nas dependências para controlar o fogo que destruiu completamente o Pavilhão N.

Para isso, as visitas íntimas desta quarta-feira tiveram que ser suspensas. “Não havia condições de segurança para a entrada de visitas. Foi difícil, mas felizmente as mulheres aceitaram a argumentação e suspenderam as barreiras que faziam na entrada do complexo”, conta Janes.

A assessoria do do Instituto de Administração Penitenciária do Acre divulgou nota de esclarecimento sobre a rebelião na Penal. Confira a nota:

Nota de Esclarecimento

A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) esclarece que devido à interrupção no fornecimento de água, causada em toda Rio Branco, por problemas na Estação de Tratamento de Água II (ETA II), os reeducandos se recusaram a receber as visitas. Como forma de protesto contra a decisão da maioria, alguns detentos do pavilhão “N”, do regime fechado, atearam fogo em dois colchões. O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) foi acionado para, juntamente com os agentes penitenciários, intervir e conter os ânimos. Vale ressaltar que toda a abordagem realizada pelas forças de segurança visa garantir a integridade física dos reeducandos e dos servidores que trabalham dentro do Complexo Penitenciário.

Com informações da assessoria da Asspen

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