Trupe do Banzeiro explora a questão racial na peça Entre Mundos e Cores

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A peça é escrita e dirigida por Marcos Areal, com coreografias de Bruna Félix e Luciano Nascimento.

Uma heroína e um amor proibido enfrentando injustiças e preconceitos. A história poderia muito bem se passar nos dias de hoje, mas o espetáculo Entre Mundos e Cores, da Trupe do Banzeiro é um drama do século XVIII. Em sua segunda temporada, o espetáculo é apresentado nos dias 16,17,18 e 19 de junho, no Teatro Plácido de Castro (Teatrão), às 19h. Os ingressos custam R$20,0 (inteira) e R$10,0 (meia entrada).

Entre Mundos e Cores conta a história de Zaila, nascida na senzala da Fazenda Cachoeira, que sonha em ser livre e se tornar rainha do Quilombo. Ao crescer, vai gerando um amor por Joaquim, filho do coronel e, juntos, vivenciam um grande romance ao enfrentarem o pior do ser humano, a maldade e o preconceito.

Com 14 atores e dançarinos no palco, a peça aborda a cultura e a história dos negros no Brasil no período da escravidão. Para o ator e assistente de direção Marcel Sandersson, a questão ainda é válida e continua gerando discussões nos dias de hoje. O ator ainda lamenta acreditar que as situações nem sejam tão diferentes na sociedade moderna.

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“Num mundo que sofre tanta segregação, o negro muitas vezes continua na “prateleira” do empregado doméstico, do servidor braçal, da mão de obra barata e desvalorizada. Esperamos passar a mensagem de que é possível vencer o preconceito e lutar pelo sonho, de se tornar uma rainha, uma médica, uma advogada, uma atriz enfim de ser feliz”, opina Sandersson.

Em sua primeira edição, o espetáculo foi contemplado pela Lei Municipal da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), em 2013, por meio do projeto “A Arte Não Tem Cor”. A peça é escrita e dirigida por Marcos Areal, com coreografias de Bruna Félix e Luciano Nascimento.

Elenco: Alice Loureto (Lungile); Ana Clara Almeida (Escrava); Anne Nascimento (Zaila); Daniel Ayrton (Joaquim); Daniel Scarcello (Zuri); Dheyvison Bruno (Kineh); Hysnaip Souza (Oba e Escravo); Luciano Nascimento (Escravo); Jhony Carvalho (Nassor e Mugambi); Jocilene Barroso (Yejide); Marcel Sandersson (Pai Akin); Marcos Areal (Coronel Altino Barros); Osmilando Silva (Bomani e Tupac); Wandressa Silva (Kajumba)


Ficha Técnica

Texto e Direção: Marcos Areal

Assist. de Direção : Marcel Sandersson

Figurino: Gorete Areal

Coreografia: Bruna Félix e Luciano Nascimento

Sonoplastia: Wellerson Shakespeare

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