20 de abril de 2024

Cerca de 300 cirurgias estão previstas para indígenas da Amazônia

Cerca de 2 mil indígenas que vivem em 123 aldeias, na Amazônia, deverão ser atendidos até o próximo sábado (16), durante mutirão da saúde/Foto: Reprodução.

Cerca de 2 mil indígenas que vivem na Amazônia, deverão ser atendidos durante mutirão da saúde/Foto: Reprodução.

BRASÍLIA – Cerca de 2 mil indígenas que vivem em 123 aldeias, na Amazônia, deverão ser atendidos até o próximo sábado (16), durante mutirão da saúde. A ação é uma parceria da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins, e os Expedicionários da Saúde (EDS). A previsão é realizar cerca de 300 cirurgias e mais 2 mil atendimentos especializados.

Para realizar os atendimentos, foi montada uma estrutura física no meio da floresta amazônica, que conta com centros cirúrgicos e espaço para a realização de exames de ultrassonografia. Também participam da iniciativa, o Ministério da Defesa, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretarias Municipais de Saúde de Parintins, Barrerinhas e Maués, além das comunidades indígenas existentes na região, por meio de seus caciques e tuxauas.

“Além de, praticamente, zerarmos as filas por cirurgias gerais e oftalmológicas entre nossos indígenas de quase 120 aldeias da região, nossa expectativa também é de realizar mais de 2 mil atendimentos especializados nas áreas de odontologia, clínica geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia”, destacou a coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins, Paula Rodrigues.

O mutirão conta com voluntariado de equipes logísticas e de saúde e com os investimentos feitos pelo Governo Federal e outros apoiadores. “Para que este mutirão em Umirituba, por exemplo, fosse realizado, nós colocamos nossas equipes do DSEI em área desde o mês de fevereiro, para realizar as visitas aos 12 Polos Base de Saúde, conversar com caciques e lideranças, e realizar uma pré-triagem para dimensionar o quantitativo de indígenas a serem operados ou atendidos no mutirão”, explica Paula.

De acordo com ela, o suporte logístico da expedição também fica a cargo do DSEI Parintins, sobretudo no que diz respeito ao transporte, acomodação e refeição dos pacientes indígenas que são deslocados de diferentes regiões do distrito para o Polo Base onde ocorre a expedição. “Isso demanda, por exemplo, além de profissionais em área e muito combustível, aluguel de barcos grandes com capacidade para transportar até 150 pessoas. Nesta expedição, vamos disponibilizar toda estrutura de barcos e lanchas do DSEI e alugar quatro destes barcos para trazer pacientes de diferentes regiões, como a de Maués”, disse Paula Rodrigues.

A montagem da infraestrutura também demandou integração entre profissionais que atuam na logística, saneamento e atenção do DSEI, além dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Saneamento (AISAN). Foram eles os responsáveis por garantir as adequações necessárias na escola que recebe o mutirão, a exemplo da construção de barracão para o centro cirúrgico, alojamentos para pacientes e voluntários, banheiros e passarelas para o transporte de pacientes entre uma área e outra. O Exército Brasileiro, por meio do Pelotão de Fronteira da região, atua no transporte fluvial de insumos para operação.

Ação humanitária

Em 35 edições, desde 2004, as equipes dos Expedicionários da Saúde – EDS já realizaram mais de seis mil cirurgias e mais de 35 mil atendimentos especializados. A área coberta pelas ações dos voluntários é equivalente ao território da França, sendo a grande maioria de terras indígenas demarcadas.

Nesta edição que acontece em Parintins, a expedição realizou a entrega de óculos de grau após as consultas oftalmológicas. Até o fim da expedição, cerca de 1000 indígenas serão contemplados com a entrega de óculos, que ajudarão a melhorar a qualidade de vida de quem vive na floresta.

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