Quase um ano depois de 40 kg de produto entorpecente desaparecer da delegacia no município de Cruzeiro do Sul, o Ministério Público do Acre (MPAC) pediu na última sexta-feira (1º) à Corregedoria de Polícia Civil que fosse designado um novo delegado para que fizesse a investigação.
Segundo o promotor Iverson Bueno, há indícios de que haja participação de policiais que podem ter facilitado a saída da droga de dentro da delegacia e se faz necessário que alguém, isento das causas do município, faça a investigação.
“Pedimos ao corregedor que designasse uma pessoa da capital para dar prosseguimento aos trabalhos. A necessidade das investigações serem conduzidas por um delegado de fora é por existirem fortes indícios do envolvimento de policiais civis. Vale ressaltar que nenhuma hipótese pode ser descartada”, comentou.
O promotor destacou que acredita na integridade dos delegados locais. O fato que o fez pedir um novo delegado se dá em razão da imparcialidade que deve existir dentro da investigação.
“Na verdade, a gente confia na integridade dos delegados que trabalham aqui no Juruá, naquilo que fazem, são isentos. O fato é que, se têm policiais envolvidos aqui, ou até mesmo alguém de fora, é preciso haver imparcialidade na condução das investigações”, ressaltou.
A droga foi apreendida pela PM em agosto de 2015, em uma blitz na BR-364, sob posse de peruanos e deixada na delegacia de Cruzeiro do Sul para perícia. Poucos dias depois, misteriosamente sumiu.