No último 20, uma decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas acabou com o impasse e definiu que o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) está autorizado a praticar o reajuste de 12,37%. A prefeitura, óbvio, declarou que vai recorrer. Nesta quinta os passageiros já encontraram nos coletivos o anúncio de que a passagem seria reajustada a partir da zero hora de sexta-feira.
Indignado com a postura da entidade, Arthur Virgílio usou sua página no Facebook para jurar, de pés juntos, que ninguém vai pagar os R$ 3,54. ““Não vai ter reajuste na tarifa de ônibus. Vou fazer um Decreto se for o caso e mostrar que a passagem é R$ 3. A tarifa é R$ 3 e ponto! Nenhum centavo a mais”, escreveu o tucano.
É lógico que a postura da prefeitura se explica por este ser um ano de eleições municipais, e com Virgílio indo disputar a reeleição. Diplomata por formação, Arthur Virgílio demonstrou que neste embate a diplomacia sai de lado e entra o embate em sua essência. O prefeito criticou o próprio TJ do Amazonas.
“Foi uma invasão constitucional porque é um poder tentando decidir pelo outro. Como a prerrogativa de aumentar, reduzir ou manter a passagem é minha, poder concedente, decidi com toda minha razão, em nome dos desempregados que estão gastando seus FGTS procurando emprego e nesse quadro de crise econômica aguda, que não vou fazer reajuste de passagem e ponto final”, disse ele.
No meio de todo esse cabo de guerra fica o usuário de um sistema de transporte público que deixa muito a desejar. Sem o reajuste, as empresas afirmam não ter dinheiro para renovar a frota ou a manutenção da atual. O resultado são passageiros em veículos velhos, que ficam no “prego” no meio das avenidas, além de terminais urbanos às traças