Em Santa Rosa do Purus, o produtor rural Wélio Guedes procurou a reportagem da ContilNet para denunciar a Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) por se negar a disponibilizar tratores para trabalhar na produção de sua propriedade.
A Seaprof no município conta com dois tratores para os produtores daquela região. Segundo o agricultor, o chefe da instituição, José Altamir, alega que ele quer utilizar as máquinas para entrar na mata, utilizando-se desse argumento para negar o empréstimo do maquinário ao produtor.
Ainda de acordo com o denunciante, isso é perseguição política por ser militante da oposição.
“Ele sempre dificultou o uso das máquinas para mim, sendo que é um direito meu, que também sou produtor. O irmão do Altamir pegava o trator para fazer os mesmos serviços que eu, e nunca foi impedido. Agora eu fico num prejuízo grande por causa de uma perseguição política, sem poder reconstruir meu açude que está estourado, e com isso a minha produção bovina não tem onde beber água”, relatou Wélio.
Já José Altamir garantiu que não existe nenhuma conotação política e que a solicitação do produtor Wélio não foi atendida porque, para chegar à propriedade dele, precisa abrir seis quilômetros de mata virgem, o que é proibido por lei.
Para que isso seja feito, segundo o servidor, é necessária uma licença ambiental e, caso o trabalhador rural consiga essa licença, o serviço solicitado será atendido, mas respeitando a legislação.