Rios estão em situação crítica no Acre e Amazonas, aponta CPRM

Os rios da Bacia do Purus, nos Estados do Acre e do Amazonas, estão em situação crítica/Foto: Reprodução.

Os rios da Bacia do Purus, nos Estados do Acre e do Amazonas, estão em situação crítica/Foto: Reprodução.

MANAUS – Os rios da Bacia do Purus, nos Estados do Acre e do Amazonas, estão em situação crítica. Segundo o boletim hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), os níveis estão próximos a vazantes históricas. Situação oposta ocorre no município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, onde o rio Negro atingiu a cota de emergência e está próximo de uma cheia histórica.

Na Bacia do Rio Purus, o nível do rio Acre, na capital do Estado de mesmo nome, estava em 1,83 metros (m). Apenas 33 centímetros (cm) de atingir o mínimo histórico registrado em setembro de 2011, de 1,50 m. Na estação de Boca do Acre, no rio Purus, o nível apresentou uma subida discreta, mas os valores observados ainda estão próximos aos obtidos no mesmo período em 1998, quando ocorreu a mínima histórica.

O processo crítico de estiagem nos rios Japurá, Purus e Acre levou os estados do Acre e Amazonas a decretarem estado de alerta em diversos municípios localizados nas calhas desses rios. Entre os municípios em estado de alerta estão Rio Branco, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia, Assis Brasil, Porto Acre, Bujari, Plácido de Castro (Vila Campinas), no estado do Acre; e Boca do Acre, Canutama, Lábrea, Tapauá, Pauiní, Berurí, Guajará, Juruá, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna, Envira e Cararuari no estado do Amazonas.

Por outro lado, na Bacia do Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, o nível atingiu a cota de emergência no dia 14 de julho e está a 0,68 m de atingir a máxima histórica ocorrida em 2002, de 12,17 m. Em Tapuruquara, o nível do rio estava a 0,12 m da cota de inundação, 8,26 m. Já no Porto de Manaus, o rio Negro passa por período de estabilidade, baixando em média 0,01 m por dia.

A situação ocorre, segundo o boletim, por causa do grande volume de chuva na região. Além disso, por tratar-se de uma área de cabeceira, onde o nível do rio responde mais rápido às precipitações. O acumulado de chuvas para os últimos 12 dias do mês de julho de 2016, os maiores volumes de chuva foram observados no noroeste do Amazonas, centro-sul de Roraima e em pontos isolados do Pará e Amapá, com registros em torno de 100 a 150 milimetros.

Outras regiões da Amazônia Ocidental

Em Roraima, na Bacia do Rio Branco, as estações monitoradas estão em período regular de enchente. Na do Solimões, os níveis nas principais estações de monitoramento indicam o fim do período de cheia, apresentando um lento processo início de vazante.

Já nas bacias do Amazonas e do Madeira, neste último em Humaitá, seguem em processo de vazante com níveis abaixo da média para época. O primeiro, está finalizando período de cheia com níveis abaixo da média para época. O segundo, está com cota atual, de 12,10 m, e 73 cm abaixo do valor observado no mesmo período em 1969 quando ocorreu a mínima histórica.

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