“Rafael, meu amor, filho querido, não estou entendendo. Você me deixou dor demais, você me abandonou e nem me disse adeus! Deus me conforte! Filho, te amarei eternamente. ” A frase cheia de aflição e angustia é da professora de pilates Neide Chaves Frota, mãe do jovem Rafael Frota, 26 anos, assassinado dentro da boate Se7 Club, em Rio Branco, na madrugada deste sábado (2).
Rafael foi baleado durante uma briga ocorrida entre o agente da Polícia Federal Victor Manuel Fernandes Campelo e um grupo de jovens que moram no bairro do Bosque. O jovem estava distante do conflito quando recebeu o disparo, que segundo testemunhas teria saída da arma do policial federal.
Outro rapaz, amigo de Rafael desde sua infância, Neocione Patrício, 32 anos, também foi atingido na perna e no abdome.
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O policial federal Victor Campelo, que está internado no Hospital de Urgência e Emergência após ter recebido um tiro na perna (testemunhas dizem que ele atingiu a si mesmo durante a confusão), está sob a segurança de vários policiais. “Não deixam ninguém chegar perto e nem explicam nada à família”, disse Jardeson Guimarães, 35 anos, primo de Rafael.
Tragédia anunciada
A internauta Katiana Belmont disse em um comentário na fanpage da ContilNet que todas as sextas-feiras os vizinhos o Se7 Club não conseguem dormir. “Ficamos apreensivos com o que pode acontecer. São inúmeras brigas, som estrondoso, falta de respeito que ainda acabaria em tragédia. Boate no posto de combustíveis, bebida alcoólica, arma de fogo é uma combinação altamente explosiva”, criticou.
Para Junior Nery Tava estava demorando acontecer uma tragédia na boate. Ele conta que uma vez estava no local e foi agredido por alguns rapazes e os seguranças nada fizeram para lhe ajudar.
“Eu mesmo já fui vítima nessa boate aonde uns rapazes me bateram até me desmaiarem e ainda continuaram me batendo desmaiado, e os tal “seguranças” que é pra tá ali fazendo a segurança dos cliente da boate ficaram só olhando…enquanto eu era agredido desacordado!”, conta.