Após reenquadramento, motoristas do Iapen arriscam a vida mesmo com salário reduzido

Um grupo de motoristas do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) esteve na Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) na manhã de quarta-feira (24) cobrando providências para a categoria.

Segundo Raimundo Abreu, um dos motoristas presentes na manifestação, a situação do grupo ficou ainda mais complicada com os recentes ataques aos agentes, pois os delinquentes não distinguem entre motoristas e Agentes Penitenciários.

Os motoristas das viaturas de transporte de detentos foram reenquadrados profissionalmente como técnicos administrativos operacionais, mas recebem aproximadamente 900 reais a menos para exercer ações que acumulam praticamente o mesmo risco dos agentes penitenciários.

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Segundo os motoristas, devido à troca de enquadramento, eles não têm mais direito ao porte de armas, mas ainda atuam levando e trazendo detentos entre fóruns, hospitais e até mesmo para atividades privadas, como velórios de parentes.

A isso se soma uma carga horária igual a de um agente penitenciário, concorrendo a escalas de 24 horas de serviço, mas sem receber o adicional de alimentação.

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Deputado estadual Ghelen Diniz /Foto: Reprodução

Gehlen Diniz defende motoristas e pede agilidade no enquadramento

O deputado Gehlen Diniz chamou a atenção para a pequena categoria que hoje se encontra totalmente abandonada pelo governo do Estado:

“Descobri essa pequena categoria, com apenas 23 pessoas. Apesar de lidarem com os presos diariamente, sofrendo os mesmos riscos dos Agentes Penitenciários, só recebem 50% da atividade penitenciária”, afirmou.

O deputado chamou ainda a atenção para o fato de não terem porte de arma e recebem um salário mensal de apenas R$ 900. A isso se soma o uso de coletes vencidos. “O projeto para regularizar a situação deles está na Procuradoria Geral do Estado, mas o governo não dá andamento. Apesar da crise vivida pelo pais, são muito poucos os motoristas e não impactam o tesouro do Estado. Dentre os trabalhadores da segurança pública, os motoristas são os mais expostos”, concluiu.

Retificação

Os motoristas de viaturas que atendem aos deslocamentos de presos do Iapen retificaram a informação e revelaram que, na realidade, os R$ 900 correspondem à diferença salarial em relação aos agentes penitenciários. Os motoristas esclareceram que essa diferença acontece pelo não pagamento da etapa alimentação e por receberem apenas 50% da atividade penitenciaria.

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Após reenquadramento, motoristas do Iapen arriscam a vida mesmo com salário reduzido