Após cerca de 90 dias acampados em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), mais de 8 famílias fecharam a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Arlindo Porto Leal na manhã desta quinta-feira (18).
Segundo os manifestantes, o objetivo do protesto é obter uma resposta do Governo do Estado sobre a situação em que se encontram. “Nós queremos que o governador entenda que nós estamos correndo risco de vida, ficamos sem segurança nenhuma, passando frio e necessidades ali junto com os nossos filhos. Se nós ainda não saímos é porque não temos para onde ir “, explicou Josiane Oliveira.
Josiane é desempregada e está acampada em frente à Aleac com os dois filhos, um de 10 e outro de 5 anos, há três meses esperando por uma casa popular que lhe foi prometida. Segundo a manifestante, as condições em que eles estão são desumanas, sem ter se quer onde tomar banho.
“Nós só queremos que eles entendam a nossa situação, estamos aqui passando fome, não dormimos direito, preocupados com o que pode acontecer conosco aqui ao relento”, desabafou Josiane.
Os protestantes garantem que os manifestos vão continuar. Segundo a desempregada, Ester de Lima, o trânsito será fechado mais uma vez nesta quinta-feira às 17h. Além disso, nos próximos dias, novos protestos devem acontecer até que algum representante do Estado os receba e cheguem a algum acordo. “Nós queremos pelo menos um aluguel social, pois nem eu nem nenhum dos que estão aqui temos condição de pagar aluguel”, desabafou.