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Ministro ‘pede desculpa se foi mal interpretado’ sobre mulher e trabalho

Por G1

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulgou nota nesta sexta-feira (12) para esclarecer a declaração, dada por ele nesta quinta, de que que os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais que as mulheres.

Nesta quinta, durante anúncio da criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil, Barros afirmou que os homens “trabalham mais”, são os “provedores da maioria das famílias”, e, por isso, cuidam menos da saúde porque “estão fora trabalhando”.

A declaração repercutiu negativamente nas redes sociais e foi rebatida, inclusive, pela própria filha do ministro, a deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP-PR).

Na nota, o ministro pede desculpas se foi mal interpretado e afirma que se referiu não à jornada de trabalho, mas sim ao número de homens no mercado de trabalho.

“Segundo pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, o IBGE aponta que pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por sexo, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres”, diz a nota.

“Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior”, afirmou o ministro na nota.

Durante o texto, o ministro ressalta ainda que as mulheres, além de trabalhar fora, “têm as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde”.

Nota
Veja a nota divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta.

NOTA À IMPRENSA

Ministro esclarece informação sobre cuidado de saúde dos homens

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, esclarece sua fala durante o lançamento da campanha para sensibilizar os homens no cuidado de sua saúde.

Pede desculpas se foi mal interpretado na frase ao informar que homens trabalham mais. Ele se referia ao número de homens no mercado de trabalho. Segundo pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, o IBGE aponta que pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por sexo, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres.

Deixa claro, não fez referência à jornada de trabalho, quando, de fato, as mulheres exercem uma segunda ou terceira etapa do dia.  “Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior”, explica.

“As mulheres, além de trabalhar fora, tem as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde. A campanha que lançamos quer espelhar esse exemplo das mulheres”, afirma.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde apresentou uma pesquisa na qual mostra que quase um terço (31%) dos homens brasileiros não têm o hábito de ir aos serviços de saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio na prevenção de doenças e na qualidade de vida.

O ministro ainda reforçou que o mote da campanha é mudar a cultura masculina. “Dentro de todas as tarefas diárias, ainda deve ser reservado um tempo para pensar na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Queremos que os homens aprendam a cuidar da saúde, como as mulheres fazem tão bem”, conclui.

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