Secando o rio
Com a seca que atinge a Região Norte do Brasil, o Acre poderá ficar com sérias restrições e atrasos para a chegada de produtos fundamentais para o Estado. O Rio Madeira está no limite do limite para a travessia por balsas.
Parando a balsa
Se o canal por onde a balsa passa ficar abaixo de 2 metros, dificilmente o rebocador poderá empurrar a balsa, ainda que se reduza a quantidade de veículos transportados a cada viagem. Além disso, pelo o que se sabe, não há rebocadores pequenos no local.
Ponte do Abunã
A seca evidenciou no que deu a falta de empenho dos políticos acreanos para a construção da ponte. Enquanto ficavam discutindo o sexo dos anjos, a situação foi se agravando e deu no que deu. O pior é que essa ponte ainda vai levar pelo menos mais um ano para ficar pronta.
Onde faz a curva
A pior situação é morar onde o vento faz a curva, pois se fechar a porta de entrada, não tem porta de saída. Ou seja, se fecha a BR-364, seja por rio seco, falta de ponte, enchente ou movimento dos Sem-Terra, o Acre fica isolado. E a culpa é de todos, atuais e anteriores gestores e políticos.
Sem renda
Como pode uma pessoa não ter um patrimônio sequer para declarar em tempos políticos? Como pode alguém com cargos razoáveis não ter sequer um carro financiado? Anda de ‘busão’, santa? Ah! Aí tem!
Batendo na porta I
A busca de fato pelos votos começa nesta terça-feira (16) . Um quarteto vai em busca da prefeitura, mas aí o negócio é mais organizado e não deve incomodar muito aos transeuntes e residentes na Capital.
Batendo na porta II
Mas tem um time de quase 300 candidatos a vereador que vão estar com seu exército de cabos eleitorais pagos a incomodar todos os moradores de Rio Branco. E tudo para ganhar uma das 17 vagas para ficar quatro anos encostado na Câmara de Vereadores. E para quê?
Força no Alto
A dupla Prete e Zemar vai dar trabalho em Brasileia. Os dois já foram vereadores e têm uma longa tradição na política da cidade. Além disso, Prete é um empresário bem sucedido e pode arrecadar bons apoios. A prefeitura de Brasileia é um sonho antigo do empresário.
Sueco
Na capital da Suécia, o salário de um vereador é apenas uma ajuda de custo. Se ele fizer parte de um comitê, é cerca de R$ 800. O valor representa apenas 10% da renda de um assalariado médio sueco, que ganha R$ 7,5 mil mensais.
Moda
Bem que a moda podia pegar no Brasil. Com salário mínimo de R$ 880, a ajuda de custo de um vereador seria de R$ 88 ou um cartão de passe de ônibus subsidiado. Aí eu queria ver se iam aparecer estes 300 candidatos só na capital. Assim iriamos separar o joio do trigo.
Serventia
Como dizem, vereador é como olho azul em gente feia: totalmente desnecessário. Exceto pelas “lembrancinhas” distribuídas a cada quatro anos em busca de votos, ninguém sabe deles. Vereador é um cargo bissexto.
Na rua
Rio Branco, como todas as cidades do Brasil, viveu anos de relaxamento e as ruas tinham mais buracos que brita e areia no asfalto. Bastou se aproximar a eleição e tem tanta rua interditada para o trânsito que parece não haver carros na cidade.
Movimentação
A movimentação oficial na recuperação da cidade dura apenas entre os meses de agosto e outubro dos anos eleitorais. E depois, volta a alegria dos mecânicos, borracheiros e vendedores de pneu por conta das crateras que procriam mais que coelhos em noites de lua.
Selfie
O prefeito ‘selfie’ está nas ruas para tentar fazer o povo lembrar de quando ele andou pelo bairro prometendo e não fazendo. Agora, só falta vestir o coletinho. E as promessas são as mesmas. Sempre seu marketing foi amanhecer na porta do eleitor de mãos vazias. Agora quer ser lembrado por isso.
Escorregada
Sinhasique levou na esportiva a escorregada da colega deputada petista que a chamou de “futura prefeita da capital”. Afinal, todo mundo sabe das preferências da petista em termos políticos, embora seu berço político tenha sido no PMDB.
Zumbis
Et pour cause, a Câmara de Vereadores serve para muito zumbi tentar ressuscitar. É só olhar e ver que tem candidato cujo prazo de validade eleitoral já venceu há tempos, mas ele insiste em tentar voltar à vida política. Pode até ser, mas a maioria vai de novo descer o Rio Acre rumo a Manacapuru.
Saudade
Uma coisa precisa ser dita: as eleições de antigamente eram mais divertidas. Era telha, tijolo, cimento, madeira, dentadura e esculhambação para todo o lado. Tinha comício com cantores mais ou menos famosos, cachaça no balde e o povo se divertia nos “showmícios”.
Tempos idos
A atual forma de campanha centrada na mídia é engessada, tirou a participação do cidadão e a alegria, em que pese a tentativa de diminuir o peso do dinheiro no pleito. Mas uma coisa não volta mais: as previsões de Madame Janete.
Realidade
Exceto o patrimônio de Ilderlei Cordeiro, que aparentemente é real, praticamente todos os demais mereciam uma verificação por parte da Receita Federal. Tem gente com cargo de carreira e salário da ordem de R$ 10 mil e nenhum patrimônio a declarar.
Investimento
Sinhasique mostrou que o seu maior investimento tem sido em sua casa própria. Depois disso, a pequena adquiriu os carros de campanha, sendo dois ainda financiados. E tudo com dois anos de vereadora da capital e mais dois anos como deputada estadual.
Incompatível
Já a redução de patrimônio do prefeito Marcus Alexandre soou bastante estranha. Como alguém com um salário de mais de R$ 17 mil brutos por mês nos últimos quatro anos não consegue sequer manter o patrimônio?
Renda alta
Além disso, o prefeito recebeu muito dinheiro nos últimos 13 anos em que teve cargos elevados no Estado. Como pode alguém com uma renda dessas diminuir seu patrimônio? Ou gasta demais ou não sabe gerir suas próprias contas. Julguem como quiser.