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“Contratação de terceirizados no interior pode interferir em eleições”, diz delegado da PF

Por REDAÇÃO CONTILNET

Caiu

A casa caiu e já não há virgens no Acre. Com a prisão de três prefeitos do interior do Estado por conta da contratação de servidores terceirizados e desvio de recursos de serviços não prestados. A estripulia era grande: R$ 2 milhões.

Pureza

Mas será que a investigação dos terceirizados vai ficar apenas nas pequenas prefeituras? Ou será que vem para a Capital e chega ao contratante maior? Não acredito que os grandes esquemas foram checados. Mas, por enquanto, vamos dar o crédito para a Polícia Federal.

Plácido

O clima não ficou muito plácido na margem do Rio Abunã. Com a prisão do prefeito e candidato a reeleição, a disputa pela prefeitura ficou em aberto. Resta saber quem será o herdeiro do espólio político, pois agora preso, Roney Firmino é um zumbi. Ou, político acabado.

Abandonado

Tonheiro Ramos, prefeito do Bujari preso na ‘Operação Melinoe’, nunca foi da cozinha dos mandatários petistas. Sempre foi um pária, pessoa a qual os demais evitam serem vistos juntos. Tanto que sequer foi cogitado para a reeleição. Foi rifado.

Como não tinha o apoio do partido, mas ainda tinha o poder e um mínimo respaldo, não espere recebê-lo agora. A própria nota emitida pelo PT, mais com a finalidade de desviar a atenção do que defender, é um indicativo claro da solidão.

Rivelino

Rivelino Mota é outro cuja proximidade era evitada. Mesmo sendo candidato à reeleição nas próximas eleições, não era apontado como favorito. Mesmo pequena, sempre é uma prefeitura para contar nos números de cada partido. Mas a prisão dele fez muita gente comemorar.

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Delegado da Polícia Federal, Frederico Ferreira /Foto: ContilNet

Falou

O delegado Frederico Ferreira, que conduziu a parte operacional da ação da PF, afirmou que a contratação de servidores terceirizados era também utilizada como fator político e de interferência nas eleições municipais para manipular o eleitorado.

E disse

A afirmação do delegado Ferreira  mostra como é fácil a reeleição de prefeitos no interior, onde 20-30 cargos representam 150 votos, o suficiente para decidir uma eleição. Ou seja, a reeleição é apenas uma forma de perpetuar os abusos.

O porquê

Mas as prisões revelaram o porquê de tanta gente querer ser prefeito de cidades inviáveis econômica e socialmente. Afinal, nada melhor que aumentar os eleitores e ainda “levar um por fora”. Como dizia Zé Leite: tão Acre!

Rapidinhos

Os prefeitos rapidinhos, aquele engaiolados pela PF por conta da contratação de funcionários fantasmas, vão responder por peculato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Sem pena

Mas agora vai começar a etapa mais demorada. Na Justiça todas as provas têm de ser contraditadas. Aí começam as perícias e a coisa enrola. E tem de ouvir todos os testemunhos novamente, sem falar nos novos. Vamos esperar, esperar e esperar.

Muita pena

Mas pelos crimes apontados, se todos forem comprovados e sair a condenação, a coisa vai ficar feia. Será uma pena bem dura. Mas não se deve ter pena de quem rouba. Tem de ser dura e longa. Já passou da hora desses ladrões (se assim for comprovado) serem punidos exemplarmente.

Babão I

Tem “assessor” e ascensor. O assessor é aquele capacitado e que se for preciso chama a atenção do chefe para a correção de rumos. O “ascensor” é aquele que busca apenas proteger o cargo, mesmo que a vaca esteja na direção do pantanal.

Babão II

Em todos os governos os dois tipos de auxiliares são vistos. Mas desta vez os ascensores estão emprenhando o governante com expectativas falsas. Existem petistas dizendo ao chefe maior que as prefeituras passíveis de serem ganhas pelo partido são da casa de 15.

Não aprende

Tem gente que ainda não aprendeu que em tempos de internet e redes sociais o sigilo está quebrado. Todo grupo tem um traíra ou outro cujo objetivo é apenas ver o circo pegar fogo. E são estes os responsáveis pela divulgação da “obrada fora do boné”.

Privacidade

E se a coisa for no Facebook, sempre tem um de esquerda que tem amizade com um de direita. Às vezes até sem saber. Aí comenta, o outro vê e divulga. E “la caca se fué al ventador” O portunhol é brincadeira, mas os efeitos são reais.

‘Menas’

Retomando o tema assessor em dias de campanha, cada um deles têm de ter cuidado onde pisa. Se errar o passo, pode trombar em um ninho de “cabas” bravas. Et pour cause, “menas, Gilberto, menas”. Ou o seu candidato vai perder espaço no Quinari.

Engraçado

Nos anos de PMDB na prefeitura, quando se ousou enfrentar a falta de água na Capital, sempre que havia um problema de seca ou cheia no Rio Acre e prejudicava o abastecimento de Rio Branco isso era tratado incompetência. Mas deixar uma seca prevista abalar o abastecimento é o quê?

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