Em entrevista ao site ContilNet, o fisioterapeuta Dr. Raimundo Castro relatou a atual situação do Centro de Ensino Especial Dom Bosco, destinado ao atendimento de pessoas com deficiência, principalmente crianças.
Raimundo Castro é o atual coordenador do setor de fisioterapia do Centro e ele explica que no prédio onde está localizado o Dom Bosco funcionam também as secretarias de Educação e de Saúde, que dividem os atendimentos das crianças: a secretaria de Educação fica responsável pelo acompanhamento das crianças, pela parte pedagógica e também sala de aula, já a de Saúde fica responsável pela reabilitação com atendimento ortopédico e neurológico.
Assista à entrevista com o Dr. Raimundo Castro, coordenador do Instituto Dom Bosco
O fisioterapeuta desabafou sobre o descaso com que o Centro vem sendo tratado pelo Governo do Estado ao logo dos anos. “Infelizmente, o Dom Bosco, assim como a comunidade do centro e os profissionais, não estão tendo o devido respeito, as nossas crianças principalmente. Há dois anos nós estamos reivindicando profissionais, mendigando espaço. Nossos trabalhadores estão se desdobrando, chegando à exaustão”.
O profissional disse ainda que por diversas vezes tentou marcar uma conversa com o secretário de saúde, mas todas as tentativas foram em vão. “Ele nunca me recebeu, a verdade é que ele não sabe nem quantas portas têm o Centro de reabilitação Dom Bosco. Eu faço um apelo ao Governador, vamos olhar com carinho e tentar solucionar esse problema e não ficar somente com promessas políticas”.
Atualmente, o Centro de Ensino Especial Dom Bosco possui somente 5 fonoaudiólogos, 4 terapeutas ocupacionais e 7 fisioterapeutas, que precisam se desdobrar para atender uma média mensal de 5.600 crianças e adolescentes de 0 a 15 anos.
Com o número reduzido de profissionais, o setor de saúde do Dom Bosco não tem capacidade de atender a demanda. Cerca de 180 crianças estão na lista de espera aguardando por atendimento.