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Pesquisa Delta/ContilNet mostra Sinhasique na disputa pela prefeitura; 11% estão indecisos

Por RÉGIS PAIVA, DA CONTILNET

A pesquisa Delta/ContilNet mostrou um quadro diferente do apontado pelo Ibope. Os dados revelaram que, em pesquisa estimulada, Marcus Alexandre (PT) lidera com 49%, mas Eliane Sinhasique (PMDB) vem logo após com 30%, Raimundo Vaz (PR) tem 3% e Carlos Gomes (Rede) menos de 1%.

Os dados revelam que o prefeito é o mais lembrado, o que está dentro do esperado, pois está à frente da prefeitura há quatro anos. Mas a pesquisa mostra que na medida em que Eliane Sinhasique se torna mais conhecida como candidata, aumenta a aceitação do nome dela.

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Os resultados mostram ainda outro fato já esperado: Raimundo Vaz e Carlos Gomes estão sendo atropelados pela tradicional polarização de nomes em campanhas no Estado.

As intenções de votar em branco ou nulo somam apenas 6%, mas os indecisos ainda são 11%. Todos os números foram arredondados para valores inteiros, excluídas as casa após a vírgula, com os arredondamentos feitos para o número par mais próximo.

A sondagem eleitoral tem uma margem de erro de 3%, o que representa dizer que cada candidato pode estar três pontos porcentuais acima ou abaixo do número apresentado. Para chegar ao resultado, 900 pessoas foram ouvidas entre os dias 30 de agosto e primeiro de setembro. A pesquisa foi registrada no TRE com número AC-03832/2016.

Rejeição: o limite para o crescimento

Em termos de rejeição, a pesquisa mostrou um empate técnico entre os dois principais candidatos, com valores muito próximos a 17%, tanto para Sinhasique quanto Alexandre.

Por outro lado, Raimundo Vaz (19%) e Carlos Gomes (22%) possuem as mais altas taxas de rejeição, mas ainda assim em valores considerados baixos. A expectativa inicial era de números baixos, tanto na expectativa de votos quanto rejeição, mas isso não foi constatado, ainda que a rejeição destes esteja abaixo de 25%.

Ou seja, qualquer um dos candidatos pode subir nas pesquisas se souber como conquistar o eleitor, pois o índice de rejeição deles é considerado baixo. A rejeição revela o limite do crescimento de cada candidato para o momento pesquisado, esse é um dos índices mais difíceis de mudar.

De acordo com pesquisa, Eliane e Marcus podem decidir eleições no 2º turno /Foto: Reprodução

Margem de erro coloca Sinhasique na briga

Mas, se a análise levar em consideração a margem de erro da pesquisa, de três pontos porcentuais para mais ou para menos, a diferença entre Eliane Sinhasique e Marcus Alexandre pode fica bem menor.

Nesta linha, Sinhasique pode estar com 33% e Alexandre com 46%. Ou seja, a diferença se gira em torno no 13% no início da campanha, quando as melhores candidaturas ainda têm espaço para crescer. Mas o inverso também é verdadeiro e Alexandre pode vencer no primeiro turno.

Os dados revelam que, neste momento, a eleição vai para o segundo turno e, apesar da vantagem do atual prefeito, a situação não está definida, pois são mais de 17% de eleitores que não optaram por nenhuma candidatura.

Sinhasique: unir a oposição e se tornar opção

As lutas fratricidas entre partidos de oposição estão custando caro para a candidata de oposição. A dificuldade em unir os diferentes grupos, além de reduzir o tempo de exposição em propaganda eleitoral, criou dificuldades na campanha da peemedebista.

As brigas, que foram até o último momento antes das convenções, mostram que tanto Sinhasique quanto Vaz sofrem pela divisão. Os números revelam serem os ventos mais favoráveis para a coligação do PMDB. Entretanto, para se qualificar a candidata Eliane Sinhasique terá que provar capacidade gestora e mostrar a possibilidade de uma Rio Branco diferente.

Eliane Sinhasique tem a missão de unir a oposição em torno de um propósito /Foto: Assessoria

Os dados mostram um pequeno índice de rejeição para Sinhasique, revelando um bom espaço para crescer. Mas o crescimento dela é dependente da queda do principal adversário. Se conseguir identificar e atingir as bases eleitorais de Alexandre, Sinhasique se coloca com mais força para o segundo turno. Mas os dados de aprovação de Marcus Alexandre mostram ser muito difícil reduzir a aceitação do atual prefeito com denúncias.

Desvinculação da imagem nacional

A desvinculação do nome de Marcus Alexandre do próprio partido, inclusive esmaecendo as cores do PT, de vermelho para laranja, se livrando da imagem da estrela, deu resultado.

Por conta disso, o prefeito tem índices bastantes tranquilos de aprovação, não sendo afetado pelo mar de denúncias que atingem o partido dele. Nem mesmo as denúncias contra o partido dele no Estado atingiram a imagem do governante.

Mesmo com o impedimento da presidente da república, denúncias da operação Lava Jato e vários dirigentes partidários presos, sem falar na operação G7 que prendeu petistas no Estado, ainda assim a imagem do prefeito passou incólume.

Marcus trocou as cores da última campanha, deixando vermelho de lado /Foto: Reprodução

Por outro lado, o fato de amanhecer nos bairros, ainda que sem ações concretas em muitos casos, tendo aparecido dentro das águas nas recentes enchentes do Rio Acre, formaram a imagem de um prefeito atuante e próximo da população. Além disso, o fato de estar o no poder ajuda a largar na frente para as eleições. A gestão dele tem 66% de aprovação (bom e ótimo).

Outro ponto que pode estar influenciando é o elevado número de 208 candidatos a vereador apoiando o atual prefeito. Se conseguir sustentar tantos apoiadores e mobilizar este pequeno exército, se cacifa na disputa.

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