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Rei da Espanha pede diálogo e dá tempo a partidos para formar governo

Por G1

Rei da Espanha, Felipe VI, durante encontro nesta segunda-feira com a presidente do Congresso, Ana Pastor (Foto: Gerald Julien/AFP)

Rei da Espanha, Felipe VI, durante encontro nesta segunda-feira com a presidente do Congresso, Ana Pastor (Foto: Gerald Julien/AFP)

O Rei da Espanha, Felipe VI, pediu nesta segunda-feira (5) diálogo e compromisso aos partidos, após a fracassada tentativa do presidente interino do Governo, Mariano Rajoy, de tentar sua reeleição, e deu mais tempo para que os partidos negociem antes de escolher um novo candidato para liderar o país

A Casa do Rei da Espanha divulgou nesta segunda-feira um comunicado, após a reunião entre o monarca e a presidente do Congresso, Ana Pastor, para analisar a situação política do país após a rejeição da tentativa de Rajoy na última sexta-feira.

“Em um regime constitucional como o nosso, as Cortes Gerais (Parlamento) são as sedes onde, após o debate e o diálogo entre as forças políticas, devem ser abordados e decididos os assuntos essenciais da vida nacional”, disse a nota divulgada por Felipe VI.

A mensagem é similar à publicada no último dia 7 de março, depois da derrota do líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, que tentou formar um novo governo para substituir Rajoy, mas também acabou fracassando.

A decisão de iniciar uma nova rodada de consultas de forma imediata tem como objetivo dar tempo para que “as formações políticas possam realizar as atuações que considerem convenientes”, escreve o monarca espanhol, para formar um novo governo.

Felipe VI pediu a Ana Pastor que comunique sua decisão aos partidos políticos e anunciou que, a partir de agora, manterá um contato regular e permanente com ela.

A Constituição da Espanha atribui ao rei a competência de propor um candidato à presidência do Governo, etapa que ocorre depois de consultas com representantes das forças políticas do país.

A derrota de Rajoy deixa o cenário político na Espanha ainda mais incerto, mas os partidos devem conversar para tentar um pacto para evitar a convocação de uma terceira eleição em menos de 12 meses.

A data limite para a formação de um novo governo é 31 de outubro. Se o Congresso não conseguir aprovar outro candidato, Felipe VI terá que convocar um novo pleito, que ocorreria perto do Natal.

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