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Secretário concorda com reformulação do Ensino Médio, mas com ressalvas

Por ALAMARA BARROS

Brandão diz que não é contra a reformulação do ensino médio, mas possui ressalvas quanto a aplicação da medida/Foto: Reprodução.

Brandão diz que não é contra a reformulação do ensino médio, mas possui ressalvas quanto a aplicação da medida/Foto: Reprodução.

Durante uma coletiva de imprensa sobre a reformulação na Educação anunciada pelo atual governo Temer, o secretário de Educação do Acre, Marco Brandão, afirmou que até 2018 o estado deva ter ao menos 30 escolas de ensino integral.

De acordo com Marco Brandão, a secretaria já vem discutindo a longo prazo a reformulação do ensino, um projeto de lei que vem desde o governo Dilma, em 2012. Entretanto, ele ressalta que o Ensino Médio não pode ser isolado de toda Educação Básica.

O secretário ressalta ainda que não é contra a reformulação do ensino médio, mas possui ressalvas quanto a aplicação da medida.

“A educação começa lá na base Infantil, passa pelo Ensino Fundamental I, II e enfim no Ensino Médio. Isso significa dizer que eu não posso pensar em uma etapa de ensino descolada de uma outra, com isso eu entendo que toda reformulação que tenha que ser feita e que preveja a formação integral dos nossos estudantes, tem que conceber o processo de formação na sua integralidade”.

Brandão afirmou ainda que o Estado vai continuar prosseguindo com o trabalho que vinha sendo feito pela base nacional curricular comum e respeitando o processo de ouvir as pessoas, fazer uma construção coletiva, democrática e amplamente discutida.

“A preocupação não é o que vamos colocar dentro da escola, mas quais as finalidades e qual a importância disso no processo de formação dos alunos”, completou.

Outro ponto abordado pelo gestor é quanto ao aumento de carga horária que, segundo ele, se não forem criadas medidas que despertem nos alunos a vontade de estar mais tempo dentro das escolas, essa mudança não vai trazer resultados positivos e relevantes para a vida do jovem estudante.

“A questão não é só de mais ou menos tempo na escola. O que temos que discutir é o tempo que o aluno tem na escola, ele permanece na escola? A gente está percebendo que não, pois a quantidade de alunos que evadem da escola é imensa e a quantidade dos que não têm sucesso escolar também é grande. Então não adianta a gente dizer que só colocar o aluno sete horas na escola para fazer a mesma coisa que já faz hoje. Só vai garantir que ele fique mais tempo insatisfeito”, finalizou.

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