Surfistas encontram novos pontos da pororoca no Amapá

Após o fim da pororoca no rio Araguari, no leste do Amapá, em 2014, um grupo de surfistas amapaenses resolveu mapear o estado em busca de outros lugares onde o fenômeno acontece e encontraram cinco pontos possíveis, sendo um no distrito do Bailique e os outros quatro no município de Amapá, a 304 quilômetros de Macapá.

Apesar dos novos pontos do fenômeno da pororoca serem em menores proporções do que acontecia no rio Araguari, as informações sobre o mapeamento serão usadas para montar um relatório que será utilizado no incentivo ao turismo local.

pororoca

Surfista mapeiam novos pontos desde o fim da pororoca no rio Araguari em 2014 (Foto: Luciano Cabal/Arquivo Pessoal)

“O comércio pode girar em torno do surfe com roupas e materiais, então se conseguirmos trazer o turista americano ou o europeu, que tanto gosta de surfar e nunca viu uma onda de extensão tão grande em uma floresta, poderemos desenvolver o Amapá e fomentar o comércio”, contou Jim Davis, um dos idealizadores do mapeamento da pororoca.

Fim da Pororoca no rio Araguari

Em 2014, o estrondo assustador da pororoca foi silenciado no rio Araguari, que corta sete municípios amapaenses. O local ficou famoso por causa da pororoca, o fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com a maré do Oceano Atlântico. Rio e mar se confrontavam, criando uma onda que percorria mais de dez quilômetros. Gente de todo o mundo desembarcava no Amapá em busca da onda perfeita.

Na época, o Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio) disse que a atividade pecuária, principalmente a criação de búfalos, foi a principal causa do fim da pororoca, pois criou valas e canais que drenaram o curso d’água.

Já a Federação de Pecuária do Amapá alegou que as hidrelétricas foram as grandes causadoras do fim do fenômeno natural. Existem canais abertos com até 350 metros de largura, maior que alguns trechos do próprio Araguari.

Investigação e estudos

O Ministério Público Federal apura a responsabilidade dos pecuaristas da região e também do Estado em relação ao impacto ambiental, de proporções ainda não calculadas pelos órgãos de conservação.

O levantamento tem como base um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado em 2010 entre os fazendeiros da região e o Instituto Chico Mendes. O documento previa que os fazendeiros cercassem as propriedades para evitar a criação desordenada dos animais.

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