Dólar sobe um dia após vitória de Trump e chega a R$ 3,30

Cotação do dólar frente o real. (Foto: Reuters)

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O dólar opera em alta em relação ao real nesta quinta-feira (10), um dia depois de a vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos ter feito da cautela a palavra de ordem para os emergentes até que se tenha mais clareza sobre os passos do republicano.

Às 11h59, a moeda norte-americana subia 2,823%, vendida a R$ 3,3001.

Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,47%, a R$ 3,2248
Às 9h29, alta de 0,81%, a R$ 3,2355

Às 9h39, alta de 1,11%, a R$ 3,2425
Às 9h50, alta de 1,18%, a R$ 3,2677
Às 10h10, alta de 2,6%, a R$ 3,2932
Às 10h20, alta de 2,53%, a R$ 3,2909
Às 10h40, alta de 2,46%, a R$ 3,2885

Às 10h50, alta de 2,57%, a R$ 3,2920
Às 11h09, alta de 2,33%, a R$ 3,2845
Às 11h40, alta de 2,387%, a R$ 3,2861

Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,32%, cotado a R$ 3,2095. Na semana, a queda é de 0,66%. No mês, a alta é de 0,61%. No ano, a moeda acumula queda de 18,7%.

“O mercado não sabe até quando o BC não fará leilões de swap reverso e já está procurando ‘hedge’, antecipando uma ausência futura”, explicou o superintendente da Corre parti Corretora, Ricardo Gomos da Silva à agência Reuters.

Na noite passada, o BC anunciou que interrompeu a oferta de leilões quase diários de swaps cambiais reversos, equivalentes à compra futura de dólares. O objetivo é “acompanhar e avaliar as atuais condições de mercado” após a inesperada vitória de Trump.

Segundo dados do BC, há US$ 6,491 bilhões em contratos de swap tradicional –equivalentes à venda futura de dólares– que vencem em 1º de dezembro e que, se o BC mantivesse o movimento até então, poderiam ser anulados se os leilões de reversos fossem mantidos neste mês.

“É um volume considerável”, comentou o operador da corretora H.comm cor, Clube Ales Machado, lembrando que o estoque total de swaps tradicionais equivale a US$ 24,106 bilhões.

Em outubro, o BC anunciou que não anularia integralmente os contratos que venceram em 1º de novembro, o que também gerou pressão altista sobre a moeda norte-americana.

Exterior
No exterior, os investidores ainda pressionavam as moedas emergentes, como o peso mexicano.

Discurso de Trump
Trump fez um discurso na quarta-feira considerado conciliador após sua vitória, diferentemente do estilo agressivo adotado em toda a sua campanha, o que reduziu um pouco o temor nos mercados financeiros.

Apesar disso, os investidores devem permanecer estressados até ter conhecimento do que de fato o presidente eleito vai conseguir colocar em prática das propostas radicais que anunciou em sua campanha, destaca a Reuters.

Juros nos EUA
A vitória de Trump joga dúvidas sobre a percepção dos mercados financeiros globais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai elevar a taxa de juros em breve e seguir com mais altas graduais ao longo dos próximos anos. “Aumentam as chances de que o Fed não aja em dezembro”, disse à Reuters o economista-chefe da Moody’s Analytics, Marz Zandi, sobre a vitória de Trump.

Especialistas ouvidos pelo G1apontam que o aumento da percepção de risco após a vitória de Trump pode afetar a decisão do Fed. “O Fed emite sinais crescentes de que deve fazer o aumento da taxa de juros. Mas, eventualmente, com essa turbulência, pode ser mais conservador ”, diz Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria.

O mercado monitora pistas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas poderiam atrair para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

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