Sinteac diz que Governo não cumpriu promessa de aumentar salários da Educação em 2016

No caminho dos 20 mil trabalhadores da Educação no Acre parece haver um chão escorregadio, preparado propositalmente por quem não tem interesse com a causa dos professores e funcionários de escola.

A categoria foi iludida durante todo o ano de 2015, quando se viu obrigada a fazer a histórica e mais longa paralisação já vista no Acre. Para completar esse ciclo de enganações e golpes contra o trabalhador, o deputado Daniel Zen, líder do governo na Assembleia Legislativa e ex-secretário de Educação, anunciou que nenhum reajuste para servidor público será votado na “Casa do Povo” neste ano. Afinal, a última sessão antes do recesso parlamentar está agendada para 15 de dezembro.

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Presidente do Sinteac, professora Rosana Nascimento /Foto: Assessoria

O quadriênio da Lei de Responsabilidade Fiscal fecha em 31 de dezembro, quando a ALEAC estará de portas fechadas. Os deputados voltam apenas em fevereiro, e nada garante que o projeto do reajuste será aprovado, pois a proposta sequer passou pelas comissões para atender ao rito obrigatório da tramitação antes de chegar ao plenário.

Por esta razão, já não há esperança de que a primeira parcela do aumento para a categoria seja, de fato, paga em janeiro. Diante disso é possível concluir que a proposta aprovada pelos gestores da SEE e pressionada para ser aprovada pela categoria não saiu do papel.

“Esse governo parece mesmo não ter comprometimento com a valorização do trabalhador em Educação. Acreditamos que os 147 milhões do repatriamento ajudaram a tirar o estado desse tão propalado buraco financeiro. Nós, a maior categoria classista do Acre, precisamos urgentemente decidir se iniciaremos o ano letivo do próximo ano. Nossa arma é a greve”, disse a presidente da Sinteac, Rosana Nascimento.

Não podemos nos calar

O sindicato convoca todos os servidores para a assembleia geral marcada para o próximo dia 23, na quadra do Colégio Barão do Rio Branco, para a deliberação sobre o início ou não o ano letivo de 2017. Além disso, a categoria esclarece que a decisão do STF de cortar o ponto dos grevistas não atinge a Educação.

Essa sentença não permite a suspensão dos contratos às categorias que fizeram acordo para a reposição dos dias e a Educação sempre repõe conteúdo e carga horária. Portanto, o nosso direito de greve está garantido.

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