
Germano Marino, presidente da AHAC
A XI Semana Acreana da Diversidade e Parada do Orgulho LGBT não vai mais acontecer no final deste ano. O presidente da Associação dos Homossexuais do Acre (AHAC), Germano Marino, disse que a transferência da data foi necessária devido à inviabilidade na contratação de artistas, agendamento de datas, e compra de passagens aéreas, que estão com os preços muito elevados devido ao período festivo de fim de ano, prejudicando toda a programação e inviabilizando o projeto.
Germano diz que a Semana da Diversidade tem como principal objetivo reforçar a luta contra o preconceito e a homofobia. “O aumento da criminalidade e da violência contra aos homossexuais estão em números alarmantes. Além de conscientizar a população sobre o amor e respeito ao próximo, independente de raça, cor, orientação sexual e escolhas pessoais, iremos promover a exibição de filmes e a distribuição de folders durante toda a semana da diversidade”, destaca Marino.
Ele diz que só em 2016, seis assassinatos de homossexual foram registrados, fora os diversos casos de agressão, humilhação e constrangimento à classe que, segundo ele, ocorrem frequentemente no Acre.

Rose Farias é uma das fundadoras do AHAC
Em nota, uma das fundadoras do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Acre, e da AHAC, Rose Farias, explicou que o movimento LGBT do estado decidiu não realizar a programação da XI Semana Acreana da Diversidade no período eleitoral porque mais uma vez o evento corria o risco de ser utilizada como mercadoria de troca em qualquer segmento de apoio dos fundamentalistas religiosos.
“Muitas vezes algumas dessas pessoas usam as manifestações do movimento LGBT para atingir a classe e denegrir as atividades que tem como cunho a visibilidade, o respeito e a promoção da cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Estado do Acre”, informa.
Clique aqui e confira a nota de esclarecimento assinada pela Associação de Homossexuais do Acre.