Arqueóloga Ivandra Rampanelli realiza palestra sobre geoglifos no Acre nesta quinta

Muitos foram os registros e traços deixados pelos povos antigos, antes mesmo da chegada do navegador Italiano Cristóvão Colombo. Com a chegada do Genovéz nas Américas, os europeus se depararam com sociedades complexas que conheciam a escrita e eram possuidoras de um sistema matemático magnífico com centros urbanos muito mais organizados e estruturados que muitas cidades espanholas. E como prova documental destes relatos são os achados de inúmeros artefatos e demais marcas encontradas por arqueólogos e demais pesquisadores dentre os quais podemos citar os famosos geoglifos encontrados no Acre.

E é sobre esta temática que a Prof.ª Dr.ª em arqueologia e pré-história Ivandra Rampanelli, ministra uma palestra hoje(15/12) as 14: 30 horas no auditório da Biblioteca da Floresta sobre as origens dos geoglifos existentes nas regiões do Acre, Rondônia, Amazonas e Bolívia. A atividade de pesquisa intitulada “As Estruturas de Terras Delimitadas por Valas na Amazônia Ocidental” que será apresentada é o resultado de sua tese do curso de doutorado em Arqueologia e Pré-história defendido por esta brilhante pesquisadora na Universidade de Valência na Espanha.

Professora Doutora da Universidade Federal do Acre (UFAC) Ivandra Rampanelli

Segundo a professora “a construção destes desenhos geométricos gigantescos foram produzidos por várias tribos indígenas existentes na região amazônica e não foram somente arquitetados para a defesa ou adorno tribal destes povos, mais, sobretudo para rituais religiosos. Os materiais utilizados na construção dos geoglifos foram pedras esculpidas em formato angular para cavar as valetas e cipós usados para servirem como guias na demarcação das retas e curvas. De acordo com a arqueóloga, existem atualmente cerca de 818 geoglifos encontrados, sendo que 523 estão localizados no Acre, 71 em Rondônia 144 no Amazonas e 80 deles localizados na Bolívia”.

PRESERVAÇÃO

A pesquisadora afirma que “a preservação destes geoglifos se encontram ameaçadas ocasionadas por fatores diversos, e para que o mundo não perca esta preciosidade histórica é preciso à implantação de uma política de conscientização por parte dos órgãos públicos mais consistentes e que devem agir em conjunto com estas comunidades que vivem nestes sítios arqueológicos”.

CURIOSIDADE

Para visualizar com bastante visibilidade estes geoglifos é necessário estar numa altura de 80 metros num voo de avião. A palestra será aberta para toda a comunidade incluindo historiadores, arqueólogos, professores e alunos que tem interesse de conhecer um pouco sobre esta temática. Contatos com a professora pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (68) 99281-1488.

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