Nesta sexta-feira (16), após 28 anos no ar e 14.426 entrevistas (6.684 no SBT e 7.742 na Globo), Jô Soares apresenta seu programa pela última vez na Globo.
Escritor, ator, diretor, humorista, roteirista, Jô é um gênio! Uma daquelas inteligências raras capazes de se sair bem em qualquer área de atuação. Como humorista está entre os maiores da história e como entrevistador influenciou toda a nova geração que está no ar.
Quando no auge, nenhum acontecimento importante do país deixava de passar por seu programa. Ali assisti entrevistas históricas, como Raul Seixas, Tim Maia, o trio Hebe Camargo, Lolita Rodrigues e Nair Belo, Enéas Carneiro, todos os presidentes exceto Temer… e até eu, uai!
Jô, ao lado de Hebe Camargo e Silvio Santos, faz parte de um trio admirável de gente que nasceu para a televisão e que parece fazer parte de nossas vidas desde sempre.
Sim, nos últimos anos a fórmula do programa desandou, as boas entrevistas ficaram raras, ele parecia cansado, começou a manifestar uma espécie de roleta russa política…
Especula-se que Jô vá para outro canal, até mesmo fechado. Tomara que vá. É um talento infinitamente melhor que a maioria das porcarias que estão no ar hoje.
Sei que é bobagem pedir, mas por favor, poupe este post de manifestações de intolerância. Goste dele ou não, Jô sempre será um dos maiores talentos que este país conheceu. Em vez de criticá-lo por suas preferências políticas, prefiro celebrar o artista inigualável que, parando, deixará a televisão um pouco pior.
Um beijo, gordo.
