Novos prefeitos terão a missão de resolver inadimplências e muitos outros desafios

A situação a ser enfrentada pelos novos prefeitos eleitos em outubro e com posse marcada para o primeiro dia de 2017 não é das melhores. Com exceção de apenas três, todas as demais 19 prefeituras do Estado estão inadimplentes com o Governo Federal e, por isso, não podem assinar convênios. Além disso, todas as cidades enfrentam problemas de manutenção de vias urbanas e possuem problemas de saneamento, bem como um aumento no consumo de drogas e da violência.

A isso se soma o fato de todos os municípios do Acre sofrerem com a falta de perspectiva econômica e a extrema dependência dos recursos públicos, sejam eles via Fundo de Participação dos Municípios (FMP) ou dos poucos recursos constitucionais da arrecadação estadual.

Prefeitos terão grandes desafios em 2017 /Foto: Reprodução

Isso deixa as cidades dependentes das emendas dos parlamentares federais ao Orçamento Geral da União. Mas, para conseguirem estes recursos, as prefeituras precisam estar adimplentes com o Governo Federal. De acordo com a Associação dos Prefeitos do Acre (AMAC), somente os municípios de Rio Branco, Porto Walter e Cruzeiro do Sul tiveram condições de firmar convênios e liberar recursos neste fim de ano, uma vez que essas prefeituras se mantiveram adimplentes junto ao Governo Federal.

O perfil dos prefeitos eleitos é: oito têm nível superior; nove ensino médio completo (dois incompleto) e três com nível fundamental. Sete deles são solteiros; 12 casados e três divorciados. O prefeito de Rodrigues Alves, Sebastião Souza Correia, é o mais velho, com 70 anos, sendo o de Bujari, Romualdo de Souza Araújo, o mais novo com 31 anos.

Veja abaixo a situação com qual via se deparar cada prefeito eleito:

ACRELÂNDIA

Everaldo Caetano de Sousa, PSDB, 53 anos, coligação “Unidos por Acrelândia”. Natural de Catanduva (PR), solteiro, agricultor, Ensino Médio Incompleto.

Situação em que recebe a prefeitura: Inadimplência com o governo federal; Impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

ASSIS BRASIL

Antônio “Zum” Barbosa de Sousa, 60 anos, PSDB, coligação “Juntos Podemos Mais”. Natural de Rio Branco/AC, casado, Servidor Público Federal. Nível superior completo

Situação em que recebe a prefeitura: Salários Atrasados; matadouro fechado; prefeito atual afastado por decisão judicial; Inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

Fernanda Hassem estará a frente de Brasileia /Foto: Reprodução

BRASILEIA

Fernanda de Souza Hassem Cesar, PT, coligação “Frente Popular do Município de Brasileia”, natural de Brasileia, casada, vereadora, nível superior completo.

Situação em que recebe a prefeitura: prefeito atual afastado por decisão judicial; atrasos de fornecedores e salários; Inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos; problemas no hospital da cidade.

BUJARI

Romualdo de Souza Araujo, 31 anos. Eleito pela coligação “Unidos por Bujari”. Natural de Rio Branco, casado, Ensino Médio completo.

Situação em que recebe a prefeitura: Prefeito atual afastado por decisão judicial; atrasos de fornecedores; Inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

CAPIXABA

José “Zé” Augusto Gomes da Cunha (PP), 47 anos. Coligação “Unidos por Capixaba”.

Natural de Brasileia, divorciado, servidor público estadual, Ensino Fundamental completo.

Situação em que recebe a prefeitura: demissão de 84% dos Agentes de saúde, risco de epidemia de dengue. Inadimplência com o governo federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

Ilderlei quer impulsionar Cruzeiro do Sul /Foto: Reprodução

CRUZEIRO DO SUL
Ilderlei Souza Rodrigues Cordeiro (PMDB), 39 anos, coligação “Juntos Por Cruzeiro I”; natural de Cruzeiro do Sul, casado, Empresário, Superior Incompleto.

Situação em que recebe a prefeitura: adimplente com o Governo Federal; problemas de acesso rodoviário via BR-364.

EPITACIOLÂNDIA

João Sebastião “Tião” Flores da Silva (PSB), 54 anos, na coligação “União Democrática de Epitaciolândia”; natural de Brasileia; casado; servidor público estadual; Superior completo.

Situação em que recebe a prefeitura: dentro do limite prudencial da LRF/TCU; fornecedores em atraso; Inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

FEIJÓ

Kiefer Roberto Cavalcante Lima (PP), 48 anos, na coligação “Renova Feijó”; natural de

Rio Branco; casado; empresário; nível Superior completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Problemas de acesso rodoviário via BR-364.

JORDÃO

Elson de Lima Farias (PCdoB), 40 anos, na coligação “Frente Popular de Jordao”; natural de Tarauacá; solteiro; prefeito reeleito; Ensino Médio completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Infraestrutura urbana precária; isolamento dos demais municípios.

MÂNCIO LIMA

Isaac de Souza Lima (PT), 52 anos, na coligação “Frente União Manciolimense”; natural de Mâncio Lima; solteiro, agricultor, Ensino Médio completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

MANUEL URBANO

José Altanízio “Tanizo” Taumaturgo Sá (PMDB), 48 anos; na coligação “Juntos Para Manoel Urbano”; natural de Sena Madureira/AC; solteiro; empresário; Ensino Médio incompleto

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o governo federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Atrasos com fornecedores. Infraestrutura precária. Problemas de acesso rodoviário via BR-364.

Prefeito indígena vai liderar Marechal Thaumaturgo /Foto: Reprodução

MARECHAL THAUMATURGO

Isaac da Silva Piyãko (PMDB), 44 anos, na coligação “Trabalho e Honestidade I”; natural de Marechal Thaumaturgo; casado, professor, nível Superior completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Infraestrutura urbana precária; isolamento dos demais municípios.

PLÁCIDO DE CASTRO

Gedeon Sousa Barros (PSDB), 48 anos, na coligação “Um Novo Caminho”. Naturalidade: Porto Nacional (TO), casado, empresário, Ensino Médio completo

Situação em que recebe a prefeitura: salários atrasados; inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

PORTO ACRE

Benedito “Bené” Cavalcante Damasceno (PROS), 54 anos; na coligação “União e Reconstrução”; natural de Tarauacá; divorciado; Ensino Médio completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o governo federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos.

PORTO WALTER

José Estephan Barbary Filho (PMDB), 52 anos, na coligação “O Trabalho não Pode Parar”; natural de Porto Walter; solteiro, prefeito reeleito; Ensino Fundamental incompleto

Situação em que recebe a prefeitura: problemas na pista de pouso da cidade, principal acesso. Ruas com problemas; falta de saneamento. Infraestrutura urbana precária; isolamento dos demais municípios.

Marcus Alexandre foi reeleito para tocar Rio Branco por mais quatro anos /Foto: Reprodução

RIO BRANCO

Marcus Alexandre Médici Aguiar Viana da Silva (PT), 39 anos, na coligação Frente Popular; natural de Ribeirão Preto (SP), casado, prefeito reeleito; nível Superior completo.

Situação em que recebe a prefeitura: dentro do limite prudencial da LRF; Em dias com os convênios e adimplente.

RODRIGUES ALVES

Sebastião Souza Correia (PMDB), 70 anos, na coligação “União da Liberdade Democrática 1”; natural de Cruzeiro do Sul; solteiro; empresário; Ensino Fundamental incompleto

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Problemas de acesso rodoviário via BR-364.

SANTA ROSA DO PURUS

Francisco de Assis Fernandes da Costa (PRP), 51 anos, na coligação “Frente Republicana de Santa Rosa”. Natural de Sena Madureira; casado; Ensino Médio completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Infraestrutura urbana precária; isolamento dos demais municípios.

Mazinho Serafim quer renovar Sena Madureira /Foto: ContilNEt

SENA MADUREIRA

Osmar “Mazinho” Serafim de Andrade (PMDB), 47 anos, coligação “Unidos por Sena Madureira”; natural de Porecatu (PR); casado; empresário; Ensino Médio completo.

Situação em que recebe a prefeitura: salários atrasados, problemas estruturais na cidade. Inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. Mazinho prometeu corte nos salários dele e dos cargos comissionados; projetos sendo negociados em Brasília e recuperação das ruas da cidade.

SENADOR GUIOMARD

André Luis Tavares da Cruz Maia (PSD), 38 anos, na coligação “Unidos pelo Quinari”; natural de Rio Branco; solteiro; Odontólogo; nível Superior completo.

Prefeito André Maia contará com apoio incondicional do senador Petecão para ajudar o Quinari /Foto: Reprodução

Situação em que recebe a prefeitura: o prefeito atual deixa dívida de mais de R$ 4 milhões da prefeitura com a Eletrobras; atrasos com fornecedores; inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos. terá que demitir os servidores contratados no último concurso.

TARAUACÁ

Marilete Vitorino de Siqueira (PSD), na coligação “Avança Tarauacá”; natural de Tarauacá; casada; advogada; nível Superior completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos; atraso com fornecedores. Problemas de acesso rodoviário via BR-364.

XAPURÍ

Francisco Ubiracy Machado de Vasconcelos (PT), 52 anos, na coligação “Frente Popular de Xapuri”, natural de Xapuri, divorciado, servidor público estadual; nível Superior completo

Situação em que recebe a prefeitura: inadimplência com o Governo Federal; impossibilidade de assinar convênios para repasse de recursos; diversas investigações por parte do Ministério Público.

 

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