ONU: chefe de gabinete diz que refugiados e reformas internas serão prioridade

A crise dos refugiados da Síria é uma das grandes preocupações a ser enfrentada pelo novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que ocupará o cargo a partir de 1º de janeiro. De acordo com a sua futura chefe de gabinete, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, Guterres, no entanto, está pronto para o desafio porque passou os últimos dez anos cuidando desse tema em outros organismos internacionais.

“Ele esteve por dez anos à frente do Alto Comissariado da ONU para Refugiados e vivenciou de muito perto a escalada do problema, visitando áreas de conflitos e campos de refugiados. Então, ele trará uma experiência própria, pessoal e uma vivência muito aguda do problema”, prevê.

A embaixadora, que conversou com os veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com exclusividade, disse ainda que Guterres focará sua gestão em promover as reformas internas necessárias à ONU. Sobre a possibilidade de que isso se reflita em mudanças na composição do Conselho de Segurança – no qual o Brasil pleiteia uma vaga há anos –, ela diz que a questão é complexa.

“A ideia de que o Conselho de Segurança da ONU precisa ser reformado vem ganhando cada vez maior aceitação e há uma convicção dos países-membros de que a reforma é necessária para tornar o conselho mais de acordo com a realidade política internacional hoje. Mas é uma questão complexa porque para reformar o Conselho de Segurança é necessário reformar a Carta da ONU e, para isso, é necessária a aprovação de dois terços dos países-membros e a aprovação e ratificação dos cinco membros permanentes”, afirma.

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