20 de abril de 2024

Após restrições de Trump, Obama condena discriminação por religião

O ex-presidente Barack Obama condena a discriminação por fé e religião, segundo um comunicado de seu porta-voz, Kevin Lewis, divulgado nesta segunda-feira (30), três dias após a ordem do presidente Donald Trump de restringir a entrada de imigrantes e refugiados nos Estados Unidos.

Trump assinou na última sexta uma ordem executiva implementando “novas medidas de veto” a pessoas que desejam entrar nos EUA, estabelecendo barreiras para a concessão de vistos e a suspensão, por ao menos 30 dias, no caso de cidadãos de países de “interesse particular”. Segundo Trump, as ações visam manter “terroristas islâmicos radicais” fora do país.

Neste domingo, o presidente disse que a política não é um banimento aos muçulmanos e que “é similar ao que o presidente Obama fez em 2011, quando ele baniu os vistos para refugiados do Iraque por seis meses”.

“Em relação a comparações com as decisões de política externa do Presidente Obama, como ouvimos antes, o Presidente discorda fundamentalmente da noção de discriminação contra indivíduos por causa de sua fé ou religião”, diz a nota sobre Obama, que deixou o posto há 10 dias.

No comunicado, Lewis afirma que Obama está “encorajado pelo nível de engajamento que está acontecendo em comunidades pelo país”.

“Os cidadãos que exercem seu direito constitucional de se reunir, organizar e ter suas vozes ouvidas por seus representantes eleitos são exatamente o que esperamos ver quando os valores americanos estão em jogo”, diz a nota.

Críticas
A ordem de Trump foi alvo de críticas de países e organizações internacionais. A ONU considerou a ação “mesquinha e ilegal” do ponto de vista dos direitos humanos. Manifestaram-se contra a restrição representantes do Reino Unido, Alemanha, Indonésia e Irã, entre outros países. O Iraque aprovou a aplicação do princípio de reciprocidade para os cidadãos americanos.

Na Alemanha, que recebeu muitas pessoas fugindo da guerra civil da Síria, a chanceler Angela Merkel disse que a luta global contra o terrorismo não é desculpa para as medidas e “não justifica colocar pessoas de um passado ou de uma fé específicos sob suspeita geral”, disse seu porta-voz.

A Comissão Europeia afirmou nesta segunda que se assegurará de que os cidadãos europeus não sejam vítimas das medidas impostas por Trump. “Nossos advogados estão em contato com nossos sócios da UE e claro que nos asseguraremos de que não seja aplicado nenhum tipo de discriminação a nossos cidadãos”, afirmou o porta-voz do executivo comunitário, Margaritis Schinas.

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