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Artigo de Marcio Bittar aponta culpados pela crise na Segurança do estado do Acre

Por MARCIO BITTAR

Violência, Crimes e Criminosos

Por Marcio Bittar

Presidente do ITV, Marcio Bittar

O país adentrou 2017 assistindo o triste espetáculo macabro das facções do tráfico de drogas nos precários presídios brasileiros. Já há, no mínimo, cem cadáveres a nos mostrar, com clareza, que é preciso tomar providências envolvendo governos de outros países, o nosso Governo Federal e os governos estaduais. É preciso uma nova frente de nações enfrentando duramente o narcotráfico e cerrando as fronteiras para o tráfico de drogas e armas na América do Sul.

No Brasil são quase três décadas em que a criminalidade aumenta exponencialmente, chegando à terrível cifra de 60 mil homicídios anuais, segundo dados oficiais. Em termos relativos, vivemos em um dos países mais violentos do mundo: são em média 29,1 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. Para piorar, somos campeões em impunidade. Pasme! em apenas 8% dos casos de homicídios chega-se aos autores do crime. Isso mesmo, 92% dos assassinatos ficam completamente impunes.

Os dados também mostram que o crime avançou, e muito, nas regiões do Nordeste e do Norte. Havíamos alertado, durante campanha eleitoral em 2014, que a situação dos presídios no Acre era caótica, uma bomba prestes a explodir. Nada de concreto foi feito durante quase 20 anos de mando petista.

O governo Estadual prefere fechar os olhos e deixar a população à mercê da bandidagem. Cometem e cometeram o crime de prevaricação. São irresponsáveis e preferem propagar mitologias criadas pelos direitos humanos. Ora, queremos assegurar o direito da população em viver em paz e a justiça terrena para as vítimas dos criminosos. O governo do Acre precisa trabalhar.

Ademais, existem distorções macro sociais originadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que serviram, principalmente, para aprofundar a impunidade. Bandidos menores de idade trucidam suas vítimas sem que haja consequências. É vergonho e revoltante. Outro estatuto, o do desarmamento, mostrou-se inócuo e feriu o direito natural e universal do cidadão defender a própria vida e a dos seus familiares. Os dois estatutos precisam ser revisados profundamente. Foram péssimos para a segurança pública do Brasil.

A indústria do narcotráfico segue com sucesso inigualável e encontra terrenos férteis em vários países em que a impunidade prevalece. Com o tráfico, veem o assassinato em massa de soldados e viciados devedores. Com o narcotráfico, há infiltração de marginais nas instituições da sociedade. O motor do crime é o tráfico de drogas, portanto, sem combate-lo com rigor, o crime e os criminosos prosperarão.

Por fim, é salutar dizer que a violência se alastrou no país pela cultura da impunidade (direitos humanos e visão socialista dos criminosos), pela destruição dos valores morais e cristãos, pela dissolução da família como a principal instituição da sociedade e pela atuação do narcotráfico em parceria com produtores de cocaína colombianos, bolivianos e peruanos. Não se pode esquecer das Farc, que monopolizam a produção de coca em parceria com antigos e novos carteis de drogas.

Oxalá, possamos enfrentar de frente esse gravíssimo problema. Não tenho esperanças de que o Governo do Acre possa fazer tal enfrentamento, pois estão no poder há décadas e nada fizeram.

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