O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Acre (Coren/AC), Pablo José Custódio, confirmou na terça-feira (17) o pedido de interdição ética do Hospital de Clínicas Raimundo Chaar, em Brasileia. O relatório da vistoria feita no fim do ano passado foi enviado no dia último dia 11 ao representante do Ministério Público do Estado (MPAC) na cidade, havendo grande possibilidade deste pedir a interdição judicial do local por falta de condições de trabalho e atendimento.
A vistoria foi realizada por Pablo e pelo enfermeiro João Batista de Lima, presidente da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE) nos dias 09 e 10 de dezembro. A visita constatou os graves problemas naquela unidade de saúde, com destaque especial para o centro cirúrgico, onde foram constadas infiltrações e a presença de fungos.
“O hospital de Brasileia tem graves problemas nas atividades relacionadas com a atividade de enfermagem, com falta de insumos e na estrutura física. Tudo fora dos padrões previstos nas resoluções normativas. Por conta disso, foi realizada uma fiscalização e constatado não ter as condições adequadas, seja para os servidores ou para os usuários”, revelou Pablo.
O presidente do Coren informou terem sido identificados os setores com maiores dificuldades, espaços estes onde vai ser feita a interdição ética. Esta ação é feita após a criação de uma comissão de interdição e dentro do previsto nas resoluções normativas. A partida da notificação, o Estado tem 30 dias para tomar as providências.
“Nós encaminhamos também uma cópia do resultado da vistoria para o MPAC e este provavelmente vai ajuizar uma ação para a interdição do local. Todo o nosso foco está em acelerar a construção e entrega do novo hospital da cidade. Mas é preciso ressaltar serem todas estas atitudes voltadas para a melhoria no serviço e nas condições de trabalho e de qualidade no serviço prestado aos usuários”.
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