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Proibição de entrada de Obama e muçulmanos a loja causa indignação nos EUA

Por AFP

U.S. President Barack Obama, surrounded by U.S. Secretary of Defense Ash Carter (not pictured) and the Chairman of the Joint Chiefs of Staff USMC General Joseph Dunford, Jr., (not pictured) delivers a statement from the Roosevelt Room on Afghanistan at the White House in Washington U.S. July 6, 2016. JREUTERS/Gary Cameron

“Obama e outros muçulmanos não são bem-vindos aqui”, diz o aviso na entrada de um mercado no sul dos Estados Unidos, que causou grande indignação em todo o país.

O dono da loja, situada na pequena cidade de Mayhill (estado do Novo México), já estaria colocando essas placas há quatro anos. Agora, chamou a atenção de um viajante, que alertou uma rede de televisão local.

Um ex-funcionário do estabelecimento disse à emissora KOB que seu antigo chefe já expulsou clientes que se mostraram ofendidos com a mensagem.

“Isso já tem um bom tempo”, contou Marlon McWilliams.

“Se você entra e se ofende, não pode entrar de novo. Já proibiu a entrada de muita gente”, completou.

McWilliams explicou que o dono do mercado dessa cidade chegou a vender cartazes contra o presidente Obama e contra outras figuras públicas.

Um deles dizia “Matem Obama” em letras garrafais e com a palavra “care” em tamanho menor logo abaixo.

“Obamacare” é o nome que recebe a reforma de Saúde promulgada por Obama, que deu cobertura médica a 20 milhões de americanos e que foi fortemente criticada pelo presidente eleito Donald Trump.

Essas mensagens polêmicas foram criticadas nas redes sociais, com muitos cidadãos, convocando um boicote à loja. Outros defenderam o direito à liberdade de expressão do dono desse comércio.

O dono da loja, que agora está à venda, não pôde ser contactado para dar sua versão.

Consultados pela AFP, funcionários de um hotel e de um café próximos preferiram não comentar o assunto.

O CAIR, uma organização de defesa dos muçulmanos nos Estados Unidos, pediu ao dono do estabelecimento que retirasse as placas.

“Embora todos tenham o direito pela Primeira Emenda [da Constituição] à liberdade de expressão, mesmo que seja ofensivo, exortamos ao dono que retire as placas pela decência comum e a unidade da nossa nação em um momento de divisões crescentes”, afirmou o porta-voz do CAIR, Ibrahim Hooper.

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