19 de abril de 2024

Relatórios de inteligência apontam possíveis novos massacres em presídios do Acre e Rondônia

Os presídios dos Estados do Acre e Rondônia podem ser os próximos alvos de massacres, semelhante aos que aconteceram nas cidades de Manaus (AM) e Boa Vista (RR). A informação foi dada pelo promotor Marco Antônio Azeredo, responsável por investigar a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Roraima.

Em conversa com o site Estadão, o promotor disse ter ciência dessa possibilidade por meio de relatórios de inteligência. Os mesmos relatórios dão conta de que, em Roraima, o número de integrantes da facção PCC no Estado quadruplicou em dois anos – saiu de 96, em 2014, para cerca de 400 em 2016.

Documentos encontrados em posse de facções em Roraima, apontam para possível rebelião no Acre /Foto: Reprodução

Esses relatórios, de acordo com Azeredo, foram produzidos depois das mortes no Amazonas. “Inúmeros relatórios de inteligência foram disparados. Para Rondônia a Secretaria de Segurança Pública foi informada”, disse ao site. Além disso ele completou: “As informações que chegam é que novas mortes podem acontecer em outros Estados, como Acre e Rondônia”.

Precaver é o melhor remédio

No Acre essa preocupação já existe. Na última segunda-feira (9), o secretário Emylson Farias, acompanhado de gestores do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), visitou os presídios Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, e Moacir Prado, em Tarauacá. O objetivo, de acordo com a Agência de Notícias do Acre, “é demonstrar para a sociedade e reeducandos que o Estado está empenhado em garantir a Segurança Pública dentro e fora dos presídios, atuando preventivamente para preservar vidas”.

Secretário de Segurança do Estado do Acre, Emylson Farias /Foto: Agência de Notícias

O Estado já tratou, também, de isolar 44 líderes de facções do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do presídio de segurança máxima Antônio Amaro, na capital Rio Branco, além de ter anunciado reforço interno nas unidades prisionais da Capital e interior do Estado.

Na última semana, o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) se reuniu com o objetivo de “alinhar o trabalhado preventivo nos presídios do Estado, além de outras ações de Segurança Pública, com o propósito de inibir o desalinho no ambiente prisional e fortalecer as ações das forças policiais em todo o Acre”, como noticiou o Portal Amazônia.

A última conquista do governo foi um pedido bem sucedido de ajuda junto à Força Nacional que resultou na transferência de 15 presos, autorizada pela Justiça. Além disso, o Estado também solicitou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a aplicação de parte da verba recebida, R$ 32 milhões, para ampliar presídios. De acordo com Moraes, ao site UOL: “O dinheiro foi enviado para ampliar vagas de presos, seja construindo novos presídios ou ampliando os já existentes”

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