A síndrome do intestino irritável apresenta sintomas diferentes para um mesmo problema, que vão desde dor de cabeça, dor nas costas e alergia, até depressão.
O Bem Estar desta quarta-feira (11) fala sobre o assunto e os médicos gastroenterologistas Aderson Damião e Ricardo Barbutti explicam porque o diagnóstico é tão complicado.
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Cerca de 20% das pessoas que têm gastroenterocolite aguda (infecção intestinal) passam a ter os sintomas da SII após a infecção. Este quadro é conhecido como síndrome do intestino irritável pós-infecção. Acontece em pessoas pré-dispostas a desenvolver a doença e a infecção é apenas o gatilho.
Isso ocorre porque os vírus ou as bactérias afetam as estruturas nervosas do intestino, alterando a comunicação com o sistema nervoso central. Além disso, os vírus ou bactérias também provocam uma inflamação no intestino, alterando sua sensibilidade. Dr. Damião diz que é muito comum pacientes contarem que, depois de apresentarem uma infecção intestinal, nunca mais voltaram a ter o funcionamento normal do intestino e esse é um alerta importante para as pessoas observarem o comportamento do intestino após uma infecção.
Aspectos fundamentais para o tratamento da síndrome do intestino irritável:
– sensibilidade do intestino: existem medicamentos que reduzem a sensibilidade e melhoram o reflexo gastrocólico.
– flora intestinal: toda pessoa com SII tem alteração da flora intestinal, probióticos e remédios ajudam a equilibrar as bactérias.
– dieta: na opinião do Dr. Aderson é o mais importante. 80% dos pacientes com SII têm sintomas quando comem determinados alimentos. Nem sempre é preciso retirar por completo o alimento da dieta, mas diminuir a quantidade ingerida ajuda bastante.