Agente pode ter sido morto a mando de facções; visita íntima nos presídios podem ser suspensas ainda hoje

As visitas íntimas dos presídios do Acre poderão ser suspensas por tempo indeterminado. A decisão, que ainda não foi confirmado oficialmente pela Secretaria de Segurança Pública, seria um protesto de agentes penitenciários e policiais civis e militares pela morte do agente Romário Cavalcante Alexandrino, de 28 anos,  morto dentro da própria casa, localizada na Vila do V, em Porto Acre, na noite desta terça-feira (21), quando estava em companhia da esposa e de um cunhado, que também foi atingido por tiros e está internado no pronto socorro do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).

O sargento do Corpo de Bombeiros, Abrahão Carlos Mota Púpio, disse que a categoria está se mobilizando para reagir ainda mais contra a criminalidade que hoje assusta a população acreana.

Abrahão disse que, apesar de o crime ter sido registrado como latrocínio, a polícia desconfia de execução/Foto: Facebook

“Conversei com o Lucas Bolzoni, que é membro do sindicato dos agentes penitenciários, e estaremos nos reunindo com o presidente a entidade, José Jones, para defender que sejam suspensas as visitas íntimas em todos os presídios. Não podemos baixar a cabeça para o crime”, disse Púpio.

Armas retiradas de dentro do presídio /Foto: ASCOM PC

Abrahão disse que, apesar de o crime ter sido registrado como latrocínio, a polícia trabalha com a suspeita de que o agente tenha sido morto a mando de facções criminosas, já que na semana passada ele foi um dos mais atuantes em uma mobilização que redobrou a guarda, em seu posto de trabalho, durante os dias de visitas íntimas nas penitenciárias.

“O Romário foi um dos que abdicou de sua folga para ficar na porta da penitenciária revistando as pessoas que entravam para visitar presos. Ele foi bastante atuante principalmente nos dias de visitas íntimas, quando há possibilidade de entrar mais armas e drogas nos presídios. Isso pode ter causado revolta em membros das facções criminosas que atuam em nosso Estado”, disse Abrahão.

PUBLICIDADE