18 de abril de 2024

Aliança pela Restauração na Amazônia é lançada em Belém

De agosto de 2015 a julho de 2016 foram cerca de 7.989 km² de área desmatada na Amazônia, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número cresceu 29%, se compararmos com o ano anterior. Entre os responsáveis estão a conversão da floresta para outros usos e a exploração ilegal de madeira. Para transformar essa realidade, foi lançada na segunda-feira (30), em Belém, a Aliança pela Restauração na Amazônia, com a participação de ONGs, academia, setores produtivos, representantes do governo e sociedade civil.

Entre as propostas da Aliança estão a de mapear e visibilizar oportunidades para a restauração na Amazônia e encurtar o caminho entre financiadores e produtores rurais que necessitam ajustar passivos ambientais.

Para Rachel Biderman, diretora do World Resources Institute (WRI), “ é fundamental fortalecer os elos da cadeia de restauração no Brasil; e a Amazônia tem todos os elementos para liderar o bom exemplo”. Ela enfatiza, também, que “a Aliança inclui no mapa da agenda de restauração global, de larga escala, o importante bioma amazônico, que passa a integrar a ‘era da restauração’, preconizada pela Declaração de Nova York sobre Florestas”.

Rodrigo Medeiros, vice-presidente da CI-Brasil, organização responsável pela secretaria executiva da Aliança, reforça que “queremos gerar inteligência e conciliar técnicas inovadoras para a restauração, de forma que a soma dos esforços dos envolvidos na Aliança gere impactos maiores que o trabalho que já vem sendo feito de forma isolada. Isso também alavancará a redução do custo da restauração, o que é fundamental para alcançarmos a restauração florestal em larga escala.”

O Secretário de Programa do Programa Municípios Verdes do Estado do Pará, Justiniano Netto concorda que se trata de um importante passo: “ alianças como essas são fundamentais para contribuir com o Estado do Pará. O combate ao desmatamento vem sendo trabalhado pelo governo e esta Aliança irá somar esforços, por exemplo, no oeste e no sudoeste da Região Transamazônica, região que concentra 15 municípios das áreas mais desmatadas do Pará.”

Também estiveram presentes no evento hoje nomes como Rodrigo Junqueira, do ISA; Érica Pinto, do IPAM; Márcio Dionísio, da IUCN; Sâmia Nunes, do Imazon; Roberta Coelho, do Rock in Rio; Silvio Brienza, da Embrapa; Artemísia Moita, do Grupo  Agropecuária Fazenda Brasil; Gracialda Ferreira, da Universidade Federal Rural da Amazônia; Carlos Scaramuzza, do Ministério do Meio Ambiente, e Rogério Campos, da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima.

A ALIANÇA

Atuação:

– Conciliar interesses e integrar ações em prol da ampliação da escala e da eficiência da restauração florestal.

– Gerar, sistematizar e difundir conhecimentos e informações sobre restauração florestal, silvicultura tropical e sistemas agroflorestais.

– Apoiar a captação pelos membros para viabilizar ações e projetos de restauração florestal.

– Impulsionar a economia da restauração florestal, estimulando todos os elos da cadeia produtiva, gerando oportunidades de negócios, trabalho e renda.

– Contribuir para formulação e implementação de políticas públicas que favoreçam a restauração florestal.

– Disponibilizar protocolos e ferramentas que permitam a integração de dados para o monitoramento das ações de restauração e avaliação da dinâmica florestal.

– Desenvolver ações de conscientização e sensibilização da sociedade civil acerca da necessidade de conservação/restauração da Amazônia.

Funcionamento:

– Adesão voluntária mediante assinatura do termo.

– Governança descentralizada, transparente e inclusiva.

– Representatividade nos quatro segmentos (governo, empresas, sociedade civil organizada e academia).

– Colaboração e cooperação entre os membros.

– Articulação e integração de ativos, experiências e saberes.

– Respeito aos conhecimentos tradicionais.

– Comunicação dinâmica e transparente.

– Respeito às particularidades produtivas e ecológicas dos variados ambientes e regiões amazônicas.

São membros fundadores da Aliança: Conservação Internacional (CI-Brasil), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Instituto Socioambiental (ISA), World Resources Institute (WRI), Embrapa, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Amazônia Live/Rock in Rio, AMATA e Grupo AFB – Agropecuária Fazenda Brasil. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é parceiro da iniciativa.

Para tornar-se um membro ou associar-se, é preciso enviar um e-mail para  [email protected].

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